Achados morfométricos e morfológicos dos músculos paravertebrais cervicais de cães com e sem espondilomielopatia cervical e correlação com a apresentação clínica

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Lima, Carolina Gonçalves Dias [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181540
Resumo: Identificar alterações nos músculos paravertebrais cervicais e do ligamento nucal que possam estar relacionadas à espondilomielopatia cervical (EMC) em cães das raças Doberman Pinscher (DP) e Dogue Alemão (DA). Determinar as áreas de secção transversa (AST) de músculos paravertebrais cervicais e identificar possível assimetria entre os antímeros. Classificar o grau de alteração morfológica destas musculaturas e correlacionar os achados com o quadro neurológico dos pacientes. Material e métodos – Estudo retrospectivo em que foram analisadas imagens transversais de ressonância magnética de 60 cães das raças Doberman Pinscher (DP) e Dogue Alemão (DA), sendo 29 clinicamente normais (CN) e 31 acometidos pela EMC. Foram mensuradas as AST dos músculos, a espessura do ligamento nucal e determinado o índice de assimetria dos músculos entre os antímeros. O grau de alteração morfológica, por meio da presença de hipersinal nos músculos extensores paravertebrais foi determinado e correlacionado aos sinais clínicos neurológicos. Resultados – Cães DP-EMC apresentaram menor AST dos mm. longo do pescoço ao nível de C5 (p < 0,034) e dos mm. cleidomastoideo ao nível de C3 (p < 0,017), C4 (p < 0,012) e C5 (p < 0,014), quando comparados aos DP-CN. Para os cães DA foram encontradas diferenças significativas entre as AST dos mm. cleidomastóideo ao nível de C5 (p < 0,022) e entre as espessuras do ligamento nucal, sendo que os cães DA-EMC apresentam menores AST e espessuras do ligamento. Para as duas raças foi observado predomínio de graus elevados de alterações morfológicas, por meio de alterações de hipersinal, nos músculos extensores dos cães acometidos pela EMC. Observou-se alta correlação entre os achados clínicos de disfunção neurológica e o grau de alteração morfológica. Conclusão – Os resultados sugerem que cães com EMC apresentam diminuição e alteração morfológica da massa muscular cervical, indicando que a musculatura paravertebral nestes cães pode ter sua capacidade funcional comprometida. Análises futuras serão necessárias para elucidar os achados deste estudo. A compreensão das características dessas alterações pode colaborar para elucidar a fisiopatogenia da EMC dando melhor suporte na decisão de tratamentos e prognóstico.