Percepção de estudantes de odontologia quanto aos fatores do trabalho que podem contribuir para sintomas osteomusculares

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Presoto, Cristina Dupim [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/148756
Resumo: Os objetivos deste estudo foram adaptar um instrumento sobre fatores do trabalho que podem contribuir para sintomas osteomusculares para estudantes de Odontologia e avaliar suas propriedades psicométricas; estimar a validade e confiabilidade do University Student Engagement Inventory – USEI e do Dental Environment Stress Questionnaire – DES e verificar a contribuição do gênero, das variáveis acadêmicas e do estresse no ambiente odontológico na percepção dos estudantes quanto aos fatores de risco para sintomas osteomusculares. Foram convidados para participar do estudo 314 estudantes da Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP) e 170 da Universidade de Araraquara (UNIARA). Foram coletadas informações referentes à idade, gênero e seriação do curso. Avaliou-se a percepção dos estudantes por meio do instrumento adaptado. O envolvimento escolar foi avaliado pelo USEI e o estresse foi medido pelo DES. Para a adaptação do instrumento utilizou-se o Job Factors Questionnaire, a revisão da literatura e a análise do Grupo Focal. A partir disso, novos itens foram criados e distribuídos dentro dos fatores Repetitividade, Postura de Trabalho e Fatores Externos. A sensibilidade dos itens foi avaliada por meio da assimetria e curtose. Foi conduzida a Análise Fatorial Confirmatória utilizando-se os índices de qualidade do ajustamento razão de qui-quadrado por graus de liberdade (2/gl), comparative fit index (CFI), goodness of fit index (GFI) e root mean square error of aproximation (RMSEA). A validade convergente foi estimada pela Variância Extraída Média (VEM). A consistência interna foi calculada pela Confiabilidade Composta (CC) e Coeficiente alfa de Cronbach padronizado (α). O impacto das variáveis na percepção dos estudantes foi estimado pelo modelo causal elaborado por Modelagem de Equações Estruturais. A média de idade dos participantes foi de 21,57 (DP=2,98) anos e a maioria foi do gênero feminino (74,8%). O instrumento adaptado foi intitulado “Fatores de trabalho que podem contribuir para sintomas osteomusculares - versão adaptada para Odontologia” (JOB-D). As pontuações mais elevadas foram observadas nos itens do fator Postura de Trabalho. O modelo refinado apresentou adequado ajustamento à amostra. A validade convergente esteve comprometida no fator “Fatores Externos” (VEM=0,47) sendo adequada para os demais fatores. A validade discriminante esteve comprometida para “Postura de Trabalho” e “Fatores Externos” (r2=0,69). A confiabilidade foi adequada. A estrutura original completa e refinada do USEI não apresentou bom ajustamento à amostra. A estrutura reduzida apresentou adequado ajustamento após a remoção do item 14 e inserção de correlação entre os erros dos itens 28 e 32 (0,316). A versão completa do DES adaptado para a língua portuguesa não apresentou bom ajustamento. Assim, removeu-se o item 12 e inseriu-se correlação entre os erros dos itens 1 e 2 (ML=399,154), 14 e 16 (ML=146,216) para obtenção de um modelo adequadamente ajustado à amostra. Conclui-se que o JOB-D mostrou-se um instrumento válido e confiável para a avaliação da percepção de risco dos estudantes; o USEI reduzido refinado apresentou qualidades psicométricas adequadas assim como a versão portuguesa do DES refinado e não houve contribuição significativa do gênero, seriação do curso, envolvimento escolar e estresse sobre os fatores do JOB-D.