Utilização de resíduos industriais na produção dos blocos de concreto

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Zanquetta, Tales Ricardo Ferreira [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: Resíduo; Poliuretano; Esponja; Fibra; Concreto; Polímeros; Residue; Polyurethane; Sponge; Fiber; Concrete; Polymers
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/243297

Vários segmentos da sociedade têm se voltado para os conceitos da sustentabilidade, pesquisando alternativas para diminuir os impactos causados pelo consumo, muitas vezes, indiscriminado de matéria-prima e pelo enorme volume de resíduos gerados, entre os quais se incluem as esponjas de poliuretano e fibra abrasiva, a popular esponja de lavar louça - verde e amarela. O destino de resíduos industriais de esponjas de poliuretano e fibra abrasiva, para outras finalidades que não sejam os aterros sanitários, como a utilização em blocos de concreto, caracteriza-se como importante medida de valorização de resíduos sólidos e redução do desperdício de matéria prima. Deste modo, este trabalho tem como objetivo analisar viabilidade técnica da utilização de resíduos das esponjas produzidas em uma indústria do segmento de produtos de limpeza e agregar valor a estes resíduos incorporando-os em blocos de concreto. Para tal um estudo experimental foi feito com os resíduos de PU e fibra, onde foram moídos até granulação ideal para produção dos blocos de concreto. Corpos de prova com a incorporação de PU-fibra em 5%, 10%, 20% e um bloco de referência 0% foram produzidos. Um primeiro ensaio exploratório com os corpos de prova indicou que o bloco com 5% de PU e fibra obteve 49,21% mais resistência em comparação com o de referência (3,76 MPa). Os resultados preliminares mostram que o bloco com até 5% de PU possui propriedades superiores ao concreto convencional. Os blocos produzidos com 10 e 20% de PU podem ser ajustados para serem utilizados como blocos de concreto para vedação, possuindo resistência de ~2 MPa, sendo empregados para paredes e muros, conforme a NBR 6136/2016. Consequentemente, uma análise em quintuplicata constatou que os materiais escolhidos, bem como o tempo de cura influencia no comportamento (compressão). A espectroscopia no infravermelho mostrou que o polímero está ligado fracamente a cerâmica (adsorção química), e esse comportamento foi comprovado pelas micrografias de MEV, em que observamos o polimero adsorvido no concreto. Desta forma, encontramos uma destinação apropriada para este resíduo, minimizando os possíveis impactos ambientais, causados pela destinação inadequada, além da agregarmos valor econômico para esse resíduo.