Morfologia e desenvolvimento floral em Croton L. e Astraea Klotzsch (Euphorbiaceae sensu stricto)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Paula, Orlando Cavalari de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/100664
Resumo: Croton agrupa cerca de 1.200 espécies portadoras de flores bissexuais e representa um grupo complexo, sob o ponto de vista taxonômico e morfológico. Astraea, recentemente separada de Croton e com quem divide inúmeras características morfológicas, é um gênero pouco estudado. A natureza dos verticilos florais, especialmente nectários e estruturas filamentosas das flores pistiladas, é um assunto bastante controvertido, nos dois gêneros. Estudos com as flores de Croton mostram o desenvolvimento do óvulo e da semente e outros apenas descrevem a morfologia do grão de pólen maduro. Entretanto, para o gênero Astraea nada se conhece até o momento. Analisando o desenvolvimento, a vascularização e a morfologia de flores estaminadas e pistiladas, de Croton e Astraea, verificou-se que as estruturas filamentosas das flores pistiladas correspondem às pétalas presentes nas flores estaminadas, e que os nectários representam estames transformados; observou-se, inclusive, que flores pistiladas podem desenvolver estames em substituição aos nectários. Também foi possível apontar caracteres que apóiem a segregação de Astraea e Croton, embora os dois gêneros compartilhem inúmeras características morfológicas. O estudo do desenvolvimento da antera e óvulo de duas espécies de Astraea e de sete de Croton mostrou a ocorrência de cristais estilóides, no tapete, e de idioblastos portadores de drusa, no endotécio; mostrou também, a presença de óvulos com os dois tegumentos de origem epidérmica e a diferenciação de megásporo funcional em posição micropilar. Esses aspectos, descritos pela primeira vez para a família, precisam ser melhor investigados a fim de se determinar sua ocorrência e distribuição, dentro do grupo, e avaliar melhor seu potencial taxonômico.