Comportamento ingestivo de bovinos confinados alimentados com grãos úmidos de destilaria

• Ano de defesa: 2020
• Autor(a) principal: Veiga, Alex Garcia Castilho [UNESP]
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
• Palavras-chave em Português: nutrição animal; Ruminantes; Confinamento; bovino; rúmen; alimentação; fermentação; corte
• Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191610

O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inclusão de níveis de grãos úmidos de destilaria em substituição parcial ao farelo de soja e milho moído da dieta, em relação ao comportamento ingestivo para bovinos Nelore. A hipótese testada foi se a substituição da fonte proteica a base de amido por uma fonte com fibra fermentável e alta PNDR a partir de níveis de inclusão de 15%; 30% e 45% da MS dietética pelo WDG influenciaria positivamente o comportamento ingestivo de bovinos Nelore alimentados com dietas ricas em concentrado. O experimento foi conduzido no setor de Unidade Animal de Estudos Digestivos e Metabólicos da Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias - FCAV/UNESP, Campus de Jaboticabal, durante o período de março a julho de 2018. Foram utilizados oito bovinos machos castrados da raça Nelore, com aproximadamente 453±32 de peso corporal e 30 meses, os quais possuíam cânulas permanentes no rúmen. O estudo teve duração de 112 dias subdivididos em quatro períodos de 28 dias, sendo 14 dias de adaptação e 14 dias para a realização das coletas experimentais. O delineamento experimental foi realizado através de um quadrado latino duplo e quatro tratamentos: 0 (T1) (controle), 15% (T2), 30% (T3) e 45% (T4) de inclusão de WDG com base na matéria seca da dieta, com dois animais por tratamento em cada período consumindo a mesma dieta e sorteados ao acaso. Todos os animais passaram pelos quatro tratamentos. O experimento foi delineado em quadrado latino duplo 4 × 4, com 4 tratamentos e 8 animais, sendo 2 animais por tratamento: 0 (controle), 15, 30 e 45% de inclusão de WDG com base na matéria seca da dieta, com 2 animais por tratamento em cada período consumindo a mesma dieta e sorteados ao acaso. Todos os animais passaram pelos quatro tratamentos. Para as variáveis de consumo, o modelo estatístico incluiu o efeito fixo do tratamento, período, animal, animal (período), quadrado e erro residual foram considerados efeitos aleatórios. Foram utilizados contrastes ortogonais avaliando interações lineares, quadráticas e o tratamento controle vs tratamentos com inclusão de WDG (0 vs WDG) e todas as alterações. As interações que não apresentaram diferenças estatísticas, não foram reportadas. Os dados foram submetidos ao procedimento PROC MIXED SAS (2004). Foram consideradas diferenças significativas quando p ≤ 0,05 e tendência p ≤ 0,10. Houve alterações nos parâmetros de consumo dos animais com fornecimento crescente de WDG. Foi possível observar interações quadráticas (p= 0,0168; 0,0148) para as variáveis, consumo de matéria seca (CMS) e consumo de matéria orgânica (CMO), respectivamente, quando o nível de inclusão de WDG foi de 30% o CMS e CMO foram maiores. O consumo de proteína bruta (CPB) apresentou interação linear, logo, quando os níveis de inclusão de WDG aumentaram, os níveis de CPB também aumentaram, havendo diferença de 31,24% de consumo entre os animais do tratamento controle (0% de WDG) e o tratamento 4 (45% de WDG), o contraste 0 vs WDG apresentou alteração, logo, os animais que consumiram WDG mostraram um aumento no consumo de proteína bruta, dos que não consumiram o mesmo, (p < 0,001). O consumo de matéria seca (CMS) apresentou um resultado quadrático (Tabela 4: P=0,0031), registrando um maior consumo nos tratamentos com 15% e 30% de inclusão de WDG. O tempo de alimentação (min), apresentou uma correlação linear entre os tratamentos (p=0,0001) ou seja, quanto maior os níveis de inclusão de WDG maior o tempo que os animais ficavam se alimentando.