Caracterização genotípica de amostras clínicas de Cryptococcus spp. e avaliação do perfil de virulência in vitro e em modelo de Galleria mellonella

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carmo, Fabíolla Nascimento do
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/234545
Resumo: A criptococose é uma infecção oportunista comum em pacientes HIV positivos, mas também pode afetar pacientes com outras comorbidades imunológicas ou imunocompetentes. Neste trabalho, cepas clínicas de Cryptococcus spp. provenientes de hospitais de São José dos Campos (SP) foram identificadas pela amplificação do gene SRT. A seguir, foi avaliada a sensibilidades das cepas a fluconazol e anfotericina B (AMB) pela técnica de microdiluição conforme EUCAST. Também foi analisada a capacidade de formação de biofilme por cristal violeta (formação da biomassa) e XTT (viabilidade celular). Foram analisadas in vivo a formação da cápsula durante a infecção, a curva de sobrevivência e do índice de saúde em modelo invertebrado de Galleria mellonella. Seis cepas foram identificadas como C. neoformans var. grubbii e uma como C. gattii. Todas as cepas clínicas foram sensíveis a AMB e a concentração inibitória mínima para fluconazol variou entre 2 e 32 μg/mL. Todos os isolados de Cryptococcus spp. foram capazes de produzir biofilme. A sobrevida de G. mellonella infectada variou entre 6 e 7 dias para C. neoformans, e a cepa clínica 6 se mostrou menos virulenta, com 24% das larvas vivas no último dia de experimento. Para cepa de C. gattii, 20,8% das larvas infectadas permaneceram vivas ao final da análise. Em relação a análise do tamanho da cápsula após inoculação in vivo, as cepas clínicas de ambas espécies apresentaram aumento no tamanho, sendo observado o maior percentual de cápsulas ≥ 30μm na cepa 6. O índice de saúde foi capaz de agregar informações ao resultado da curva de sobrevivência de G. mellonella, uma vez que ele mostrou diferenças de saúde das larvas entre os grupos que apresentaram mesmo perfil de sobrevida. A associação do índice de saúde à curva de sobrevivência amplia a visão da vitalidade das larvas durante os dias de experimento e, ainda, auxilia na comparação de resultados entre laboratórios. O conhecimento das características genotípicas e fenotípicas de Cryptococcus spp. em uma determinada região pode ser ferramenta importante para implementação de políticas públicas de saúde eficazes.