Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Faustino, Ana Carolina [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180358
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Resumo: |
Esta pesquisa tem como objetivo compreender como as professoras e os estudantes colocam o diálogo em ação nas aulas de matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental, buscando, assim, identificar elementos que favorecem a construção de uma aula de matemática dialógica. A questão norteadora da pesquisa traduz-se por: "De que modo o diálogo é colocado em ação nas aulas de matemática dos anos iniciais do Ensino Fundamental?". O referencial teórico para esta pesquisa se pautou nas perspectivas de diálogo de Paulo Freire, no campo da Educação, e de Helle Alrø e Ole Skovsmose, no campo da Educação Matemática. Centrada em uma abordagem qualitativa, esta pesquisa teve como contexto de produção dos dados duas salas de aula dos anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola pública do interior de São Paulo, mais especificamente uma sala do terceiro ano e uma do quinto ano. Os participantes da pesquisa são as professoras em interação com os estudantes. A turma do terceiro ano era composta por 28 crianças entre oito e nove anos de idade. O quinto ano possuía 26 crianças entre nove e onze anos de idade. O critério inicial de escolha das professoras participantes da pesquisa foi a disponibilidade de ambas em discutir os textos e desenvolver as atividades na sala de aula, e, com este propósito, suas aulas foram acompanhadas durante um semestre, considerando-se também a disponibilidade da escola. Os dados foram produzidos com a utilização do diário de campo, de audiogravações e de videogravações dos diálogos estabelecidos durante as aulas de matemática, os quais auxiliaram na produção dos contos elaborados pela pesquisadora. Os resultados deste estudo trazem evidências da emersão de dois padrões de comunicação entre as professoras e os estudantes dos anos iniciais: o padrão "sanduíche" de comunicação e o diálogo. A forma como o ambiente de aprendizagem é organizado condiciona como a comunicação é colocada em ação. Um ensino e uma aprendizagem, centralizados na figura do professor, condicionam o surgimento do padrão "sanduíche" de comunicação. Considera-se que ambientes de aprendizagem mais abertos, como, por exemplo, ambientes de trabalho com projetos, podem favorecer a emersão do diálogo. A comunicação estabelecida entre os estudantes e as professoras dos anos iniciais do Ensino Fundamental pode ser caracterizada como dialógico por possuir aspectos como: envolver investigações, apresentar argumentos, estar engajados, correr riscos, manter a igualdade. Também há evidências da presença dos atos dialógicos: estabelecer contato, perceber, reconhecer, posicionar-se, pensar alto, reformular, desafiar e avaliar. O diálogo pode favorecer a emersão de significados e ideias tornando-se fonte para o ensino e a aprendizagem de matemática; pode abrir espaço para que crianças se compreendam como seres humanos que produzem cultura e conhecimento, compartilhem diferentes perspectivas, apresentem argumentos para justificar suas perspectivas e cooperem entre si durante a aprendizagem da matemática. |