Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Mendes, Calebe Pereira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180343
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Resumo: |
O comportamento de uma determinada espécies define a forma e intensidade das interações desta para com o ambiente, com muitas espécies ajustando suas estratégias comportamentais de acordo com o contexto físico e biológico ao seu redor. No entanto, o processo de tomada de decisões, intrínseco a qualquer sistema comportamental, requer que o organismo possua a capacidade de obter, interpretar e processar informações úteis. Devido à grande magnitude e novidade evolutiva dos distúrbios antrópicos, estes são capazes de interferir no processo cognitivo das espécies, interferindo na percepção e avaliação das informações necessárias para a tomada de decisões eficientes, e dessa forma, gerando comportamentos não adaptativos, aumento de mortalidade e interferências nas interações ecológicas das espécies. Dessa forma, o objetivo deste trabalho é avaliar a ocorrência de plasticidade comportamental, em diversas espécies modelo, em resposta a fatores ambientais e atividades antrópicas. Foram realizados dois capítulos experimentais e um capitulo de revisão. O primeiro capitulo foi desenvolvido no Arizona, E.U.A., e avaliou o volume de alimentos estocados pelo esquilo-vermelho-de-Graham Tamiasciurus fremonti grahamensis em resposta a variáveis climáticas, de relevo e vegetação. Foi observado que apenas as fêmeas responderam a variações no relevo e vegetação, mas não a variáveis climáticas, enquanto os machos não responderam a nenhuma variável testada. O segundo capítulo, desenvolvido em São Paulo, Brasil, avaliou o efeito de perturbações antrópicas variadas sobre a atividade circadiana de 17 espécies de mamíferos florestais. Foi observado que 7 espécies responderam a perturbação antrópica, se tornando em média 20% mais noturnas em áreas perturbadas. Tanto espécies diurnas quanto noturnas se tornaram mais noturnas em resposta a perturbações, sendo que espécies caçadas e perseguidas se tornaram mais noturnas do que espécies não caçadas. O terceiro capitulo foi planejado como uma comparação entre o esquilo-vermelho-de-Graham e um esquilo brasileiro, o Guerlinguetus brasiliensis, no entanto, devido à escassez de informações da história natural da segunda espécie, decidiu-se por mapear o atual estado da informação disponível sobre a ecologia de esquilos neotropicais. Assim, foram encontradas 155 publicações, de 15 países, com dados de ecologia para 20 espécies de esquilos que interagiram com 351 outras espécies. Foi observado que esquilos neotropicais tendem a apresentar maiores densidades populacionais em florestas fragmentadas. Também identificamos diversas partes da história natural do táxon que são virtualmente desconhecidas, como por exemplo, a composição da dieta de esquilos dos gêneros Sciurillus e Microsciurus. |