Respostas ecofisiológicas de plantas arbóreas do cerrado à geada

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Antonio, Ariadne Cristina De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181969
Resumo: O Cerrado pode estar exposto a diversos distúrbios naturais moduladores, entre eles a geada. Este é um fenômeno capaz de afetar a distribuição e seleção de características de tolerância e sobrevivência das espécies nestas vegetações. Deste modo, o presente estudo pretendeu compreender os efeitos causados pela geada em espécies afetadas e não afetadas por este fenômeno, assim como quantificar características morfo-fisiológicas que possam explicar as respostas de rebrota a baixas temperaturas. As pesquisas foram realizadas em três locais distintos: em Águas de Santa Bárbara - SP na Estação Ecológica de Águas de Santa Bárbara – EecSB (acometida em 2016 por seis episódios de geada entre os meses de junho e agosto) (Capítulo I); Assis - SP na Estação Ecológica de Assis –EEA que foi acometida por eventos de geada no mesmo ano (Capítulo I e II) e na Reserva Ecológica do IBGE em Brasília – DF (Capítulo III). No segundo capítulo as coletas e experimentos foram realizados na EEA e no câmpus da Unesp. No capítulo I e II foram avaliados indivíduos de espécies previamente selecionadas após a ocorrência da geada, com o intuito de analisar os efeitos da mesma na mortalidade de indivíduos e ramos de espécies arbóreas consideradas como afetadas pelo fenômeno; também foi verificado se o espécime teve rebrote a partir do solo ou do caule/ramos e o grau de proteção das gemas, além disso, realizamos análises de respostas morfo-fisiológicas por meio da avaliação de atributos foliares, como, espessura da folha; área foliar; dimensões foliares; área foliar específica e respostas fotossintéticas (razão Fv:Fm). No capítulo III analisamos se os atributos relacionados a proteção ao fogo são importantes para proteger ramos das espécies lenhosas do cerrado contra as baixas temperaturas: quantificamos a posição das gemas e analisamos se a espessura e a densidade da casca atuam como isolantes térmicos. No capítulo I encontramos que as posições das gemas diferiram entre as espécies afetadas e não afetadas, e as espécies afetadas apresentaram diferentes respostas de rebrota de seus ramos. No capítulo II os parâmetros morfológicos não demonstraram grande influência sobre as divisões das espécies entre afetadas e não afetadas, sendo as respostas fotossintéticas a baixas temperaturas o fator que separou os grupos que haviam sido previamente determinados. As espécies afetadas e não afetadas responderam ao tratamento a baixas temperaturas como o esperado, sendo que as espécies afetadas apresentaram grandes declínios nos valores de Fv:Fm a baixas temperaturas. No capítulo III não foram encontradas diferenças na espessura da camada de casca interna e espécies com casca mais densa apresentaram maior variação de temperatura, porém a variação de temperatura foi positivamente relacionada com a densidade da casca. Conclui-se então que existem diferenças morfológicas e fisiológicas entre espécies afetadas e não afetadas, mostrando que a geada pode afetar aspectos da vegetação de cerrado podendo atuar em conjunto com outros moduladores da fisionomia savânica.