Concepções e expectativas de crianças e de profissionais sobre o espaço na Educação Infantil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Evangelista, Ariadne de Sousa [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136198
Resumo: A pesquisa “Concepções e expectativas de crianças e de profissionais sobre o espaço na Educação Infantil” integra o Programa de Pós-Graduação de Mestrado em Educação da Faculdade de Ciências e Tecnologia. O objeto da investigação é o espaço educacional e seu objetivo geral é identificar as concepções e expectativas de crianças e profissionais da Educação Infantil em relação ao espaço escolar, com o propósito de analisar a qualidade da organização do espaço e identificar os possíveis avanços, contradições e dificuldades materializadas no cotidiano escolar. O estudo parte da premissa de que, embora haja avanços teóricos no que diz respeito ao espaço escolar, os quais podem ser constatados nos documentos oficiais e na produção científica, na prática, a organização espacial das instituições de Educação Infantil pouco se altera. Desse modo, problematizamos: Quais os avanços e retrocessos materializados no espaço educacional? Qual a concepção dos profissionais da Educação sobre o espaço escolar? Qual a concepção das crianças sobre o espaço escolar? Consideramos o espaço escolar como um elemento curricular. Nessa perspectiva, a fundamentação teórica se baseia em autores de quatro áreas do conhecimento: Educação, Geografia, Arquitetura e Urbanismo e Psicologia Ambiental. Entre eles, estão: Forneiro (1998), Frago e Escolano (1998), Zabalza (1998), Edwards, Gandini e Forman (1999), Carvalho e Rubiano (2000), Barbosa e Horn (2001, 2008), Meneghini e Campos-de-Carvalho (2003), Horn (2004), Jaume (2004), Barbosa (2006), Kramer (2009), Campos-de-Carvalho (2011), Blanc e Lesann (2012), Oliveira et al. (2012) e Ceppi e Zini (2013). A pesquisa caracteriza-se como um estudo de caso, numa abordagem qualitativa. O campo de investigação foi uma instituição pública que atende exclusivamente a crianças da Educação Infantil, localizada em Presidente Prudente (SP). Os sujeitos da investigação foram dezoito crianças de uma turma de Pré-escola II, sua respectiva professora, a orientadora pedagógica e a diretora da instituição. Os procedimentos de recolha de dados com as crianças foram a observação in loco, o poema dos desejos (Wish Poem) e a seleção visual. Com relação aos adultos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas, o poema dos desejos e a seleção visual. Os resultados apontam que o espaço escolar necessita de um olhar mais sensível, no que se refere a sua organização e estrutura física. Houve avanços com respeito à autonomia infantil, em alguns espaços, porém faz-se necessário que esse critério de organização seja garantido em todo o ambiente escolar. As crianças, como sujeitos da pesquisa, atuaram de maneira competente e apontaram que concebem a escola como um lugar, na perspectiva humanística, porém, anseiam por um espaço mais colorido, onde possam brincar, movimentar-se, ser mais livres, onde suas individualidades sejam respeitadas, possam fazer amizades e ter contato com a natureza. Quanto aos profissionais, notamos que não concebem o espaço como elemento curricular e não têm clareza dos conceitos que norteiam o tema. É importante que superem a dicotomia entre os espaços de estudar e os espaços de brincar. Acreditamos que abordar o tema espaço escolar, em cursos de formação continuada, pode qualificar o trabalho dos profissionais.