Dialogicidade e Matemática: uma proposta na educação com pessoas jovens, adultas e idosas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Ricardo, Suzana Aparecida
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://hdl.handle.net/11449/252751
Resumo: Ensinar matemática através de metodologias que assumam o diálogo como central pode impulsionar o aluno a descobrir uma matemática cotidiana, presente em um contexto que ele reconheça em sua prática diária. Tendo em vista essa premissa, o objetivo da pesquisa aqui relatada é compreender as potencialidades de ação que propostas inspiradas nos temas geradores de Paulo Freire podem ter dentro de uma sala de aula da Educação de Jovens, Adultos e Idosos (EJAI). Em outras palavras, buscaremos indícios de possíveis respostas para a interrogação: “Que discussões emergem em uma sala de aula de Matemática da Educação de Jovens, Adultos e Idosos ao se trabalhar com propostas inspiradas nos temas geradores?”. A dialogicidade freiriana é fio condutor de nossa proposta, que foi desenvolvida a partir dos três momentos pedagógicos (3MP), a saber: Problematização Inicial, Organização do Conhecimento e Aplicação do Conhecimento. Para alcançar o objetivo supracitado, foi realizada uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo participante, em uma sala de aula do Ensino Médio da EJAI, em uma escola estadual da cidade de Rio Claro/SP. Ao todo, 33 alunos participaram dos 12 encontros presenciais, sendo a heterogeneidade presente em sala de aula um importante elemento, pois diferentes opiniões geraram debate e contribuíram para a produção de conhecimento. A violência, presente não apenas no Brasil, mas no mundo, foi a alavanca propulsora de nossas discussões, trazendo a realidade cotidiana para a sala de aula – e, a partir dela, pudemos construir matemática. O processo dialógico foi fundamental nessa relação construída em sala de aula, pois, com base em nossas inquietações, surgiram discussões sobre preconceito e violência, que alavancaram dados que foram fundamentais para a construção de um infográfico, a partir do qual construímos conhecimento matemático. Dos dados produzidos nos encontros, três categorias para análise emergiram, sendo elas: o papel da educação no combate à violência; a importância da conclusão dos estudos para o ingresso e permanência no mundo do trabalho; o uso das tecnologias e sua presença nas práticas de ensino. Os resultados apresentaram um forte processo de conscientização dos sujeitos da EJAI com relação à importância da retomada dos estudos e do seu papel na construção de cidadania. Somente a emancipação dos sujeitos pode possibilitar a conscientização do seu papel na sociedade e, a partir daí, oportunizar a esses sujeitos uma cobrança ativa dos direitos que lhes são negados por aqueles que são eleitos para defendê-los.