Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Meneguin, Andreia Bagliotti [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/136286
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Resumo: |
O desenvolvimento de um sistema que possibilite a administração oral da insulina (INS) constitui um grande desafio, já que esta pode ser degradada nas porções superiores do trato gastrintestinal (TGI). Seu encapsulamento no interior de matrizes poliméricas baseadas em goma gelana (GG) deve oferecer significante proteção contra as condições adversas do TGI, além do estabelecimento de interações mucoadesivas. O revestimento de formas farmacêuticas sólidas com amido resistente tipo 3 é uma estratégia tecnológica racional para se alcançar a liberação cólon específica de fármacos. A pectina também agrega propriedades importantes nesse sentido, já que é resistente à proteases e amilases. O objetivo deste trabalho foi a obtenção e caracterização de micropartículas (MP) de GG (1,5, 2,0 ou 2,5%), reticuladas com Al3+ (3 ou 5%) e revestidas com filmes de amido resistente/pectina para a administração oral de INS. O método de obtenção empregado foi eficiente com rendimento máximo de 99,10%, além de ter possibilitado a obtenção de MP com elevada eficiência de encapsulação (máximo de 89,11%). As MP apresentaram diâmetro médio de 1012 a 1197 μm e circularidade variando de 0,68-0,81. A análise de microscopia eletrônica de varredura indicou que o aumento da concentração de GG foi responsável pela obtenção de MP mais esféricas e que a INS alterou o rearranjo das estruturas. A seção transversal mostrou um revestimento contínuo e intacto. De acordo com os dados de difração de raios-X, as MP apresentaram estruturas semicristalinas. A absorção de líquidos foi menor em meio ácido (218-615%) do que em tampão fosfato pH 7,4 (432-812%) e 6,8 (373-703%) e o modelo cinético de Korsmeyer-Peppas foi o que melhor retratou o mecanismo de penetração de líquidos nas amostras, indicando que esse ocorreu por difusão Fickiana (caso-I). Ensaios de degradação enzimática revelaram que o sistema desenvolvido foi capaz de proteger a INS contra a degradação em até aproximadamente 80% após 120 min de incubação com tripsina e α-quimotripsina. Os estudos de liberação in vitro da INS foram realizados em aparato I e IV e os resultados demonstraram que o revestimento desenvolvido ofereceu um maior controle da liberação da INS, com reduzidas taxas de liberação em meio ácido, além de prolongar a liberação nos outros meios estudados. Os perfis de liberação originados a partir de ensaio em aparato I e IV tiveram melhor ajuste aos modelos cinéticos de Weibull e Korsmeyer-Peppas e Higuchi e Korsmeyer-Peppas, respectivamente. Ensaios ex vivo de bioadesão indicaram que as amostras obtidas com 2,0 e 2,5% de GG geram maiores forças mucoadesivas (Fma). A permeação ex vivo da INS foi realizada através das técnicas de intestino invertido e intestino não invertido, tendo esta última revelado a importância do revestimento para o aumento da permeabilidade da insulina, a qual alcançou valores de até 84%. As MP foram capazes de modular a abertura das junções paracelulares, contribuindo para o aumento da permeação da INS através das células Caco-2. Todas as MP produzidas induziram um importante efeito hipoglicemiante, com redução máxima da glicemia sanguínea de 51%. O efeito foi mantido por até 7h. O conjunto de resultados sugere o uso das MP de GG revestidas com amido resitente/petina como um sistema carreador da INS, contornando problemas específicos, como os de permeabilidade intestinal e biodisponibilidade oral. |