A relação entre educação escolar e cidadania no Brasil no período de 1930 a 1945: que cidadão?

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Silveira, Juliana Tiburcio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92408
Resumo: Nesta pesquisa analisou-se a relação entre educação escolar e cidadania no Brasil no período de 1930 a 1945, de acordo com os pressupostos da tradição marxista, tendo em vista a possibilidade de emancipação humana. Inicialmente, procurou-se compreender os aspectos essenciais da totalidade capitalista, à qual está subjugada a cidadania que é resultante da emancipação política do Estado moderno. A partir da análise da realidade concreta verificou-se como se constituiu historicamente a própria burguesia e o proletariado, enquanto classes sociais antagônicas. Assim, foi possível constatar que o processo de constituição da burguesia no Brasil, no século XX, deu-se de forma diferenciada em relação à Europa, visto que não agiu como classe revolucionária e auxiliou o processo de estruturação do capital, mantendo intacta a tradição da velha oligarquia até então existente. O período histórico de 1930 a 1945 foi marcado pelo governo opressor de Getúlio Vargas, que concedeu estrategicamente uma série de direitos sociais a fim de cooptar o apoio do proletariado, assim como, se propôs a organizar verticalmente um sistema de ensino que viesse a preparar a classe trabalhadora, o cidadão em formação, como mão de obra a ser explorada pela lógica capitalista. A cidadania que daí resultava era senão passiva. De acordo com os fundamentos marxistas, a cidadania representa o momento jurídico-político do homem, e é limitada, porque não consegue, devido à sua essência, romper radicalmente com o capital. Diante de tal contexto histórico, concluiu-se que o proletariado do período em estudo, sob a égide do capital, estava submetido, e assim parece-nos que continua até os dias de hoje, há pelo menos duas formas de alienação, distintas e articuladas, presentes na concepção de cidadania: a relação entre trabalho...