Utilização da técnica da dentina úmida por etanol na adesão dentinária: influência in vitro da smear layer, avaliação clínica com diferentes protocolos adesivos e revisão sistemática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Souza, Mauricio Yugo de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183250
Resumo: Este estudo foi composto por um estudo in vitro, um estudo clínico randomizado, controlado e duplo cego e uma revisão sistemática, com objetivo de compreender e avaliar a aplicabilidade da técnica da dentina úmida por etanol (EWBT) em procedimentos restauradores. Estudo laboratorial: 48 incisivos bovinos foram divididos em 2 grupos, com a utilização ou não de etanol anterior ao sistema adesivo universal (Single Bond Universal) no modo autocondicionante. Em seguida blocos de resina composta (Filtek Z350 xt) foram confeccionados. A interface adesiva foi analisada, antes e após envelhecimento por 6 meses em água, com relação à nanodureza e módulo de elasticidade e em microscopia eletrônica de varredura (MEV) após a realização de nanoinfiltração com nitrato de prata. Os dados de nanodureza e módulo de elasticidade foram analisados estatisticamente com ANOVA e teste de Tukey (α=5%). Houve diferença estatística para as áreas avaliadas (p<0.001) e também para a aplicação do etanol (p<0.001). A dentina apresentou valores maiores de nanodureza quando comparado com a camada híbrida. EWBT foi capaz de manter as propriedades da interface adesiva mesmo após envelhecimento. Estudo clínico randomizado: Os voluntários receberam restaurações em cavidades do tipo classe V, provenientes de lesões cervicais não cariosas, com extensão e profundidade de no mínimo 1 mm. As restaurações foram realizadas aleatoriamente, de acordo com a divisão dos grupos, sendo o grupo controle sem pré-tratamento dentinário (SE) e três grupos com a intervenção, sendo associado com adesivo de 3 passos (E); hidrófobo (EB) ou com adesivo de 2 passos (EU). As restaurações foram avaliadas, por examinadores devidamente calibrados no início do estudo, após 7 dias, 6 e 18 meses, utilizando o critério USPHS modificado. Os dados foram analisados com testes chi-quadrado e Kaplan-Meier. O grupo com adesivo hidrófobo apresentou maior taxa de falha para retenção quando comparada aos demais grupos, tanto em 6 quanto em 18 meses. Revisão sistemática: Foram pesquisadas as principais bases de dados eletrônicas com a estratégia de busca definida de acordo com a pergunta de pesquisa e estratégia PICO, sendo P: dentes com lesões cervicais não cariosas; I: protocolo adesivo utilizando EWBT; C: protocolo adesivo convencional. Após análise do título e resumo dos artigos pré-selecionados, seguindo a questão PICO, 19 artigos laboratoriais e 3 estudos clínicos relacionados ao tema tiveram os dados extraídos. O risco de viés dos artigos selecionados foi estimado, sendo que para a maioria dos estudos laboratoriais e clínicos foi considerado baixo. Para os estudos laboratoriais houve diferença, sendo que o grupo controle apresentou melhores resultados quando comparado à EWBT. Com relação aos estudos clínicos não houve diferença entre os grupos controle e EWBT.