O Trágico na fase inicial de Nietzsche

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Belfante, Maria Caroline
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/214171
Resumo: O trágico em Nietzsche aparece como a afirmação da vida de forma plena e completa, é sua aceitação com todos os aspectos bons e ruins que fazem parte dela. A sabedoria trágica está contida no teatro trágico grego. Apolo e Dionísio são dois impulsos da natureza contrários, porém, complementares, que se unem de forma harmônica e dão origem à Tragédia grega. Apolo é o deus da poesia, da medida, da retidão, dos sonhos e das imagens. Dionísio é o deus da música, do vinho, da desmesura, da embriaguez. O principal elemento dionisíaco, a música, se une ao apolíneo da imagem e da poesia no teatro, há a quebra do princípio de individuação e o homem é capaz de atingir o Uno-primordial. Este se caracteriza como o elemento comum e fundamental de vida presente em cada ser. Nietzsche considera-se um filósofo trágico, porém não foi o primeiro a tratar sobre o assunto. Muitos antes dele o fizeram, como Winckelmann, Schopenhauer, Schiller e Goethe. Na Tragédia grega, a expressão artística reafirma a vida principalmente por meio da música e das histórias dos heróis que enfrentavam grandes dificuldades e serviam de inspiração para que o grego lidasse com seus infortúnios da vida. O grego era um povo que afirmava tanto a vida, que não aceitavam que ela acabasse com a morte do corpo, eles desejavam que ela continuasse na lembrança das pessoas por meio de histórias de seus grandes feitos. A filosofia pré-socrática, tratada pelo autor como a filosofia trágica, se fundamentava em procurar respostas para questões do mundo fazendo uso do instinto e da imaginação e não somente da racionalidade lógica que se instaura com Parmênides e se concretiza e potencializa com Sócrates. A racionalidade socrática terá sérias consequências, tendo a morte da Tragédia grega como uma delas.