Conchostráceos (Spinicaudata, Crustacea) do grupo Bauru (cetáceo superior, Bacia Bauru): taxonomia, paleoecologia e paleogeografia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Carbonaro, Fábio Augusto [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92915
Resumo: O presente estudo focaliza conchostráceos fósseis do Grupo Bauru, das formações Araçatuba, Adamantina e Marília (Cretáceo Superior, Bacia Bauru), coletados no Estado de São Paulo e no Triângulo Mineiro, incluindo uma avaliação do potencial desses fósseis para interpretações paleogeográficas e paleoecológicas. A Formação Araçatuba apresenta a maior abundância de conchostráceos, o que coaduna com a maior proporção de pelitos nesta unidade e com a sua respectiva origem em paleoambientes deposicionais predominantemente lacustres, onde as delgadas e frágeis carapaças dos conchostráceos tiveram condições favoráveis para a preservação. Ainda assim, alguns exemplares em arenitos muito finos ou lamitos arenosos indicam sítios deposicionais de maior energia relacionados a sistemas fluviais. Quase todos os exemplares analisados foram identificados como Palaeolimnadiopsis suarezi Mezzalira, 1974, exceto alguns raros fósseis mal preservados, pela primeira vez registrados no Grupo Bauru, provisoriamente classificados como Euestheria? sp. A distribuição geográfica e estratigráfica do gênero Palaeolimnadiopsis é bastante ampla, com diversas ocorrências no Devoniano ao Cretáceo em áreas do Gondwana e dos paleocontinentes setentrionais. Tratavase de um gênero provavelmente euritópico, com alto potencial de dispersão e, por outro lado, bastante conservador em termos evolutivos e aparentemente pouco útil na bio e na cronoestratigrafia. Um exemplar da porção superior do Grupo Bauru no Triângulo Mineiro, aqui classificado como Palaeolimnadiopsis? sp., representa uma espécie que alcançava dimensões muito acima da média (~3,5 cm de comprimento ao invés do valor normal próximo a 5 mm). O gigantismo dessa espécie pode estar relacionado a condições que excluíram potenciais predadores e competidores do ambiente...