Extratos vegetais obtidos de espécies nativas do Cerrado brasileiro no controle do ácaro-rajado (Tetranychus urticae Koch)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Agustini, José Antonio [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151887
Resumo: O ácaro rajado, Tetranychus urticae Koch, é uma praga que ataca várias culturas em todo o mundo. Seu controle é feito basicamente por acaricidas químicos sintéticos. O uso inadequado de defensivos agrícolas, além de acarretar problemas ao meio ambiente, ao trabalhador e ao consumidor, pode levar ao desenvolvimento de populações de pragas resistentes aos seus princípios ativos. Extratos vegetais têm sido estudados na busca de novos princípios ativos que causem menos problemas ambientais, ocupacionais e de saúde humana, e que possam fazer parte de programa de manejo integrado de pragas e doenças. As florestas brasileiras são constituídas por uma grande diversidade de plantas que podem apresentar metabólitos secundários interessantes com propriedades biocidas. O objetivo deste estudo foi avaliar extratos aquosos e hidroetanólicos de folhas e cascas de doze espécies vegetais nativas do Cerrado brasileiro quanto à atividade acaricida e ao efeito sobre a fecundidade de fêmeas do ácaro-rajado, T. urticae. De cada espécie vegetal foram avaliados dois órgãos (folhas e cascas), duas épocas de coletas (primavera/verão e outono/inverno) além de dois tipos de solventes (água e etanol 70%). Os extratos foram aplicados por pulverização em torre de Potter, avaliando-se mortalidade, repelência e oviposição após 120 horas. Todas as doze espécies apresentaram atividade acaricida significativa sobre T. urticae, dependendo da época de coleta, do material vegetal e do solvente utilizado. Em nove espécies houve pelo menos um tratamento em algum dos experimentos com a soma de mortalidade e repelência superior a 80%. Em dez espécies houve pelo menos um tratamento em algum dos experimentos com mortalidade superior a 70%. Três espécies, Xilopia aromatica, Kielmeyera variabilis e Qualea parviflora, causaram mortalidades superiores a 70% em algum tratamento nas duas épocas de coleta. O extrato hidroetanólico de folhas de K. variabilis resultou em soma de mortalidade e repelência superior a 68% nos quatro experimentos. O extrato aquoso de folhas de Q. parviflora resultou em mortalidade superiores a 69% em todos os quatro experimentos. Essas três espécies apresentam potencial como biocida vegetal no controle de T. urticae.