Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Trevelin, César Claro [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217297
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Resumo: |
As hortaliças possuem especial importância nutritiva, estando associadas à prevenção de doenças como câncer, diabetes tipo II e obesidade. No Brasil, o seu consumo está abaixo do recomendado. Faz-se necessário buscar formas de estimular o seu consumo e, para isto, é necessário criar mecanismos que garantam acesso e oferta suficiente, diversificada e permanente para toda a população. O modelo produtivo que se destaca na produção desse tipo de alimento é a agricultura familiar, por produzir mais de 50% dos alimentos contidos na cesta básica brasileira e ser formada por cerca de 70% dos trabalhadores rurais brasileiros. Já no meio urbano, as hortas comunitárias têm relevância, aproximando agricultores de consumidores, praticando preços mais acessíveis e dando uso a espaços ociosos. No processo de produção de hortaliças, a produção de mudas é uma das etapas mais importantes, pois a qualidade das mudas é determinante para o desempenho produtivo das plantas. Formas de agricultura sustentáveis são vitais para produção de alimento saudáveis, sem uso abusivo de recursos naturais ou produtos que ocasionam agressão ao meio ambiente. A emergia é uma ferramenta biofísica de avaliação de sustentabilidade, que mensura, em uma única métrica, o trabalho da natureza e do ser humano na geração de seus produtos e serviços. O presente estudo tratou da análise emergética da produção de mudas de hortaliças em estufa artesanal de bambu no município de Botucatu - SP, tendo como objetivos gerais analisar a produção diversificada de mudas em pequena escala com variações na forma de irrigação e a produção de compostos orgânicos oriundos de matérias primas diferentes a partir da análise emergética; por meio da mensuração da quantidade de recursos renováveis (R), não renováveis (N), provenientes da economia (F) e o fluxo emergético nos sistemas de produção, que possibilitaram o cálculo dos seguintes Índices Emergéticos: Rendimento emergético (EYR), Investimento emergético (EIR), Carga ambiental/Impacto ambiental (ELR), Índice de sustentabilidade (ESI) e Renovabilidade (%R). A estufa de bambu se mostrou sustentável a médio prazo (ESI=1,34), mesmo tendo em sua composição dois materiais classificados como não sustentáveis, o bambu tratado e o eucalipto tratado. O item que tem maior contribuição para a emergia da estufa (8,68E+12 seJ m-2 ano-1) é a mão de obra (45,14%) por se tratar de um processo construtivo artesanal. Comparou-se a produção de mudas de hortaliças utilizando o mesmo substrato comercial e diferentes sistemas de irrigação; a emergia total da produção com o sistema de irrigação com microaspersores foi de 1,26E+15 seJ ano-1 enquanto o sistema com pulverização costal foi de 1,88E+15 seJ ano-1, as UEV foram de 6,77E+10 seJ muda-1 e 1,01E+11 seJ muda-1, respectivamente; ambos os sistemas se mostraram sustentáveis a médio prazo, e na comparação, o sistema de pulverização costal teve um melhor desempenho em todos os índices emergéticos por utilizar menos água e mais trabalho humano. Já os compostos orgânicos estudos apresentaram UEVs de 3,32E+12 seJ L-1 e 1,45E+12 seJ L-1, elevados teores de macro e micronutrientes, mas não tiveram um bom desempenho como substrato para a produção de mudas. |