Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Vale, Thaís Nascimento do |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/152492
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Resumo: |
Este trabalho propõe o estudo das notas produzidas pelo escritor argentino Roberto Arlt (1900-1942), durante sua estada no Brasil, em 1930. Dessa viagem resultaram quarenta e duas crônicas intituladas Notas de a bordo, Notas de viaje e De Roberto Arlt, originalmente publicadas no jornal argentino El Mundo, entre 2 de abril e 31 de maio de 1930. Posteriormente esses textos foram compilados em livros sob os títulos: Aguafuertes cariocas (Buenos Aires: Adriana Hidalgo, 2013); Águas-fortes cariocas e outros escritos (Rio de Janeiro: Rocco, 2013) e Águas-fortes portenhas seguidas por águas-fortes cariocas (São Paulo: Iluminuras, 2013), sendo os dois últimos traduções para o português. Com a leitura de tais textos, busca-se compreender como são formadas as imagens e as representações sobre o Brasil, mais especificamente sobre o Rio de Janeiro, e como o espaço urbano é representado no que diz respeito à construção da identidade nacional, por meio da análise das estratégias de tradução dessas imagens para o código linguístico. Nota-se que a construção de heteroimagens nos textos arltianos está intrinsecamente ligada à transmissão de autoimagens, sendo necessário questionar em que medida a questão do idioma interfere nesse processo de representação do outro. Mais do que uma dificuldade em compreender o outro através de um idioma estrangeiro, a presença das autoimagens nas águas-fortes cariocas e a constatação de uma suposta superioridade dos argentinos em relação aos brasileiros traduzem o estranhamento da linguagem arltiana, não apenas naquilo que diz, mas na forma como o faz, e que caracterizou toda a sua obra. Partimos, para tanto, dos conceitos de narrativa de extração histórica (TROUCHE, 2006), imagologia literária (SOUSA, 2004), e dos estudos sobre a narrativa de viagem (IANNI, 2003; TODOROV, 2006; CARRIZO RUEDA, 2008) dentre outros que auxiliam na compreensão dos mecanismos narrativos utilizados pelo escritor, sobretudo no que diz respeito às relações entre eu e outro, auto e heteroimagem. |