Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2012 |
Autor(a) principal: |
Viotti, Ana Carolina de Carvalho [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/93240
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Resumo: |
A institucionalização do saber médico no Brasil deu-se somente após a chegada da Família Real e de sua Corte, no início do Oitocentos, ao Rio de Janeiro, através, primeiramente, das Escolas de Cirurgia da Bahia e do Rio de Janeiro (1808), e, num segundo momento, das Faculdades de Medicina baiana e carioca (1832). Ainda que a produção e disseminação do estudo sobre as artes de curar realmente ganhem corpo a partir do desembarque, há, nos séculos anteriores à emergência da clínica, diversas formas de pensar e tratar o doente e as doenças, com a presença de distintas personagens que não o médico entre as detentoras da possível cura. A elaboração de explicações para o adoecimento, individual ou coletivo, e para o tratamento dos achaques partia, pois, de diferentes lugares da sociedade. Diante das muitas perspectivas que se dispuseram a pensar a relação entre o são e o doente no período colonial – de onde se destacam os que curavam “pela alma”, como os religiosos cristãos e curandeiros; e os que curavam “pela prática e profissão”, especialmente sangradores, barbeiros, cirurgiões e doutores –, o objetivo maior da presente pesquisa está em pensar como se deu a construção do discurso sobre a doença e a cura que alcançaria a primazia, o discurso médico, e de que modo este elaborou uma ideia própria do que seria a doença, o doente e as formas de curá-lo. A partir do estudo dos compêndios e tratados médicos que circularam na colônia entre a publicação da primeira obra em vernáculo sobre medicina no Brasil, por Simão Pinheiro Morão (1677), e a criação das citadas Escolas de Cirurgia, buscamos compreender o processo de validação deste modo particular de olhar para as patologias |