Cultura solidária e cooperativas populares: roatatividade dos sócios e desafios à autogestão : um estudo de caso em São Carlos, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: Oliveira Filho, Marco Aurélio Maia Barbosa de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/99030
Resumo: É observada, no atual contexto da sociedade capitalista, a manifestação em escala crescente de empreendimentos cooperativos baseados na autogestão. Tendo surgido e se desenvolvido no movimento operário em meados do século XIX, na perspectiva de uma sociedade mais justa e igualitária, com base socialista, essa forma de organização do trabalho tem sido adotada (e adaptada) pelo movimento da Economia Solidária após o contexto de crise instaurado por volta da década de 1970. O caráter voluntário da adesão aos empreendimentos coletivos fica comprometido em contextos de crise econômica, nos quais as possibilidades de ocupação são reduzidas. Deste modo, grande parte das pessoas acaba ingressando nos empreendimentos alheias ao seu projeto ideológico. A proposta desta pesquisa é sistematizar informações acerca da rotatividade de sócios em uma cooperativa de trabalho, com dez anos de existência, 327 sócios e 271 ex-sócios. A falta de um quadro estável de sócios pode conferir ao empreendimento um caráter de trabalho paliativo e lhe trazer uma série de problemas. Por meio de análises documentais e de entrevistas com atuais e ex-cooperados, analisou-se variáveis que poderiam estar relacionadas ao alto índice de rotatividade de sócios. O pouco tempo de permanência como sócios na cooperativa e a preferência pelo trabalho com relação de emprego representaram uma influência significativa na questão da alta rotatividade. Com base na pesquisa, foram ainda indicados alguns fatores que poderiam auxiliar na permanência do sócio na cooperativa por um tempo prolongado, durante o qual possa se envolver mais ativamente e absorver melhor a proposta do empreendimento