Eficácia do avanço maxilo-mandibular no tratamento da síndrome da apneia obstrutiva do sono: revisão sistemática e meta-análise.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Trindade, Paulo Alceu Kiemle
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191625
Resumo: Introdução: A Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono (SAOS) é caracterizada por episódios repetitivos de obstrução das vias aéreas superiores (VAS) durante o sono apresentando sintomas clínicos que afetam a qualidade de vida do indivíduo. As deformidades dento-esqueléticas como a retrusão maxilo-mandibular podem ser fatores de risco para a síndrome por alterarem ou diminuírem o volume das VAS. Nesse contexto, o avanço maxilo-mandibular pode ser uma opção de tratamento da SAOS por promover um aumento volumétrico faríngeo, já bem documentado na literatura científica. No entanto, é necessária uma avaliação que demonstre o efeito dessa cirurgia nos parâmetros polissonográficos, dentre os quais se destaca o índice de apneia e hipopneia (IAH). O IAH está associado à gravidade da SAOS e, portanto, pode trazer informações objetivas quanto à eficácia do tratamento. Objetivo: avaliar as alterações no IAH em pacientes portadores de SAOS submetidos ao avanço maxilo-mandibular. Método: Uma revisão sistemática (RS) da literatura foi realizada nas plataformas de busca como PUBMED, LILACS, EMBASE, SCOPUS, WEB OF SCIENCE, e COCHRANE, bem como na literatura cinzenta para identificar a eficácia do avanço maxilo-mandibular no tratamento da SAOS. O risco de viés foi avaliado utilizando o questionário Modified Delphi technique (Moga et al. 2012). Resultados: Foram identificadas 1882 referências e, após a triagem, 32 artigos selecionados para leitura na íntegra. Destes, apenas 4 estudos de séries de caso foram incluídos, totalizando 83 indivíduos diagnósticos com SAOS submetidos ao avanço maxilo-mandibular. A meta-analise do IAH mostrou uma diferença significativa a favor da intervenção (DM:- 33.36, IC 95%:-41.43 a -25.29, p<0,00001), caracterizando a eficácia do avanço maxilo-mandibular na redução do IAH. Conclusões: Muito embora a meta-análise tenha se mostrado significativamente favorável à cirurgia, as evidências são de baixa a moderada qualidade devido ausência de dados individualizados e falhas metodológicas identificadas na análise do risco de viés.