Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Fialho, Maria Luiza Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/217625
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Resumo: |
Esta proposta de pesquisa visa considerar a composição da melancolia e dos elementos históricos em Claro Enigma (1951), de Carlos Drummond de Andrade, especificamente em “Selo de Minas”, umas das partes do livro de 1951, em que as imagens do passado como ruína demonstram, por meio da linguagem melancólica, a relação do autor consigo e com sua cidade natal. Claro Enigma se apresenta dentro da crítica literária como uma obra densa, que detém em si algumas outras “obras”, dada a profundidade com que é abordada cada uma de suas sessões. Portanto, é necessário um estudo que se debruce sobre suas temáticas, voltadas à infância em Itabira, à relação com a família e o espaço. “Selo de Minas”, tal como a obra completa, compartilha de temas elevados, carregados de poéticas negativas e alegorias do que se passou e se tornou história. Pretendemos investigar as imagens que revelam as intersecções entre antiguidade e modernidade, o sagrado e o profano, o que é belo e o que é grotesco. Analisaremos imagens carregadas de intenção alegórica, em que a significação da palavra se multiplica, ao mesmo tempo que cria brechas para a contemplação da ausência, esbarrando, inevitavelmente, em um sentimento melancólico. A gaucherie de Drummond remete à melancolia do sem-lugar: o poeta que se sente sem espaço dentro de qualquer configuração e busca se encontrar, resgatando a marca de Minas, o selo do espaço que o formou quanto pessoa. Portanto, há em “Selo de Minas” um profundo resgate pessoal do poeta, que busca resgatar sua relação com o espaço. O poeta reconhece na ruína dos casarões e igrejinhas um meio de conhecer o passado e de compreender o presente. Ele se coloca como um espectador cuja missão é relatar as visões que se formam sobre uma fantasmagórica Minas no século XX, valendo-se de um resgate aprofundado da memória, do dissoluto e do mitológico. Suas inquietações se transferem para a província e para os elementos interiores e como resultado, temos cinco poemas que resgatam a história como ruína, e a melancolia, como único prisma para interpretação do mundo moderno. |