Análise das barreiras para o sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho em pequenas empresas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Garnica, Guilherme Besse [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151395
Resumo: Ocorrem milhares de acidentes de trabalho nas empresas brasileiras todos os anos, sendo a maioria dentro de pequenas empresas, o que demonstra a necessidade urgente de mudança na forma como a gestão da saúde e segurança do trabalho (SST) é realizada nestes negócios. O objetivo deste trabalho é avaliar as principais barreiras para a implantação de sistemas de gestão de saúde e segurança do trabalho (SGSST) em pequenas empresas brasileiras. Para alcançar este objetivo a pesquisa utilizou o método empírico, com abordagem quantitativa por meio de survey e técnicas estatísticas para análise dos dados levantados no Centro-Oeste do Estado de São Paulo, na região de Bauru, com três diferentes atores: proprietários administradores, auditores fiscais do trabalho e consultores de SST. Constatou-se que as barreiras mais relacionadas à implementação dos SGSST são a ausência e a ineficácia de informações sobre SST, a inexistência de orientações, a dedicação inadequada de recursos financeiros e a falta de apoio dos sindicatos. Os proprietários tendem a culpabilizar os empregados e o Estado pela dificuldade na implementação dos SGSST; os fiscais do trabalho e consultores tendem a culpabilizar a gerência e a falta de alocação de recursos por esta dificuldade. Porém ambos convergem quanto à gerência possuir comportamento sistematicamente inadequado relacionado à SST, as informações e a comunicação serem ausentes ou ineficazes e a priorização da produção sobre a segurança serem importantes barreiras para esta implementação. O comportamento da gerência e a priorização da produção, mesmo sem a garantia de segurança, são reflexos da falta de conhecimento sobre SST pelos proprietários, portanto, políticas de conscientização, aumento da fiscalização feita pelo governo e maior qualificação dos consultores de SST, são atitudes necessárias para confrontar estas barreiras. Conclui-se como essencial o enfrentamento das barreiras para a efetiva implementação dos SGSST nas pequenas empresas brasileiras e, consequentemente, a mudança das suas condições de trabalho.