Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva, Renata Caterine Gambaro Cleto da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/193105
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Resumo: |
Essa pesquisa se situa na área de História da Educação Matemática e tem como objetivo elaborar uma interpretação histórica sobre o ensino de Matemática para meninas, no final do século XIX e início do século XX [1881-1908] no Colégio Piracicabano – primeiro Colégio Metodista do Brasil – na cidade de Piracicaba. Nossas fontes de pesquisa foram o jornal Gazeta de Piracicaba, as cartas de Martha Watts ao órgão missionário metodista norte-americano Woman’s Missionary Society of Southern Episcopal Methodist Church e leis da época. Nosso trabalho está pautado na historiografia, seguindo a corrente da “História Cultural”. Para nós, analisar o ensino de Matemática do Colégio Piracicabano estava associado às crenças da sociedade ao órgão missionário que o mantinha, aos discursos encontrados na sociedade daquele momento, e as leis e os costumes da época. Sendo assim, utilizamos o conceito de Burke (2005) sobre cultura, visto que ele entende cultura como tudo que inclui conhecimento, crença, arte, moral, lei, costumes, aptidões e hábitos. Confrontamos nossas fontes de pesquisa com livros de História, textos sobre metodismo, positivismo, educação, método intuitivo e outros temas que emergiram na pesquisa. Observamos que o Colégio Piracicabano, que se apresentava como um colégio feminino, mantinha, no entanto, alunos do sexo masculino estudando em suas dependências. O Colégio, sob a direção de Martha Watts, não anunciou seu método pedagógico como o “método intuitivo”, mas percebemos que os professores faziam uso desse método para o ensino de geometria e de aritmética. O método de ensino intuitivo foi sistematizado por Pestalozzi, amparado nas experiências do sentido; ele pressupunha que as crianças intuíssem, refletissem, comparassem, medissem, e desenvolvessem sua percepção através da concretude das coisas. O Colégio Piracicabano, apesar de ser fruto de uma missão metodista, cujo objetivo era converter uma parcela da sociedade para a fé protestante, promoveu mudanças na educação das jovens da sociedade piracicabana com a inserção da geometria e da álgebra no currículo escolar. |