Bancos de macrófitas como áreas berçários para peixes em uma cascata de pequenas centrais hidrelétricas na região neotropical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Kimura, Rafaela Shizuko Yamashita
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: eng
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/237211
Resumo: Barramentos de Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) modificam a estrutura física e o funcionamento do rio e, consequentemente, a biota aquática. Para a fauna de peixes, uma das características mais afetadas é o processo reprodutivo. O Rio Sapucaí-Mirim (São Paulo, Brasil) possui três Pequenas Centrais Hidrelétricas (PCHs) construídas em seu canal principal e dispostas em sistema em cascata. Este trecho do rio não possui habitats típicos para o desenvolvimento inicial da ictiofauna, como desembocaduras de tributários e lagoas marginais, assim, o estudo visou avaliar o papel dos bancos de macrófitas como áreas berçário para larvas e juvenis de peixes. A variação espacial e temporal desses estágios de peixes junto as macrófitas foi investigada. Para a amostragem dos peixes, utilizou-se uma peneira para coleta de larvas e juvenis pequenos e redes de espera para a captura de juvenis maiores e com maior capacidade de mobilidade. Simultaneamente, apenas adjacente aos bancos de macrófitas, os parâmetros limnológicos básicos foram medidos com uma sonda de água Horiba U-52. Trinta táxons, cerca de 30% das espécies de ictiofauna já inventariadas no Rio Sapucaí-Mirim, utilizam os bancos de macrófitas como área inicial de desenvolvimento. Apenas duas espécies não nativas ocorreram na área estudada. Foram capturados 88 larvas e 393 juvenis com diferentes estratégias reprodutivas, os não migradores ou migradores de curta distância com fertilização externa e cuidado parental (NEP) e não migradores ou migradores de curta distância com fertilização externa e sem cuidado parental (NEW) foram as estratégias predominantes. Também foi evidenciado estatisticamente que a organização espacial – posicionamento do reservatório na cascata e compartimentalização dos reservatórios internos, bem como as mudanças temporais ao longo do período reprodutivo, influenciaram a estrutura da comunidade de peixes (composição taxonômica, estágio de desenvolvimento, estratégia reprodutiva). Além disso, os bancos de macrófitas são efetivamente utilizados como áreas de berçário para peixes com diferentes estratégias reprodutivas, indicando a importância desses locais para a conservação/manejo da fauna local.