Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Garibaldi, Maria Eduarda dos Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/235590
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Resumo: |
No Brasil, a citricultura se destaca dando o título de maior produtor mundial de suco concentrado de laranja ao país. Todavia, a produção tem sido impactada pela ocorrência do greening ou huanglongbing (HLB), associado à bactéria limitada ao floema Candidatus Liberibacter asiaticus (CLas) e transmitidas pelo psilídeo Diaphorina citri, causando mosqueado, desfolha, seca e morte dos ramos, além de levar à maturação irregular do fruto, redução do seu tamanho, deformação e queda intensa. Para o manejo, erradicam-se as plantas doentes, plantam-se mudas sadias e, principalmente, pulverizam-se as copas das plantas com inseticidas a intervalos fixos, o que não tem sido totalmente efetivo na contenção da doença. A baixa eficiência das pulverizações pode estar associada ao rápido crescimento dos brotos. O objetivo deste trabalho foi avaliar o desenvolvimento dos brotos em laranjeiras-doce da variedade ‘Pera Rio’ em condições de sequeiro no município de Bebedouro, norte do estado de São Paulo, no período de setembro de 2019 a novembro de 2020, e relacioná-lo a variáveis climáticas registradas durante esse período. As plantas, com três anos de idade no início do trabalho, foram podadas mensalmente e quatro brotos vegetativos no estádio V1 (emergência) por planta foram selecionados e seu comprimento medido a cada 3 a 4 dias até atingirem o estádio V6 (maturação). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 12 tratamentos (datas de podas) com 12 repetições cada tratamento (brotos). Os valores de tamanho médio do broto (mm) e dias entre os estádios fenológicos foram comparados por meio de análise de variância e as médias separadas pelo teste de Tukey (p<0,05) enquanto os dias de V1 a V6 e tamanho final do broto foram agrupados pelo teste de Scott-Knott. Quanto maior a temperatura do ar mais rápido o broto cresceu e amadureceu, com maior taxa de crescimento de 2,05 mm/dia no mês de dezembro de 2019. Maiores tamanhos médios foram de 98 e 85 mm em setembro de 2019 e maio de 2020, respectivamente, já o menor tamanho e menor de 44 mm em fevereiro de 2020. Temperatura mínima diária foi a variável que mais explicou tempo de maturação (TM), menor em meses de chuva abundante e altas temperaturas. Quando os brotos foram convertidos em índices de favorabilidade à reprodução do psilídeo ou infecção por CLas, empregando-se modelos matemáticos já publicados, observou-se que abril de 2020 foi o mês mais favorável ao inseto e ao patógeno. A informação de que existe grande variação sazonal tanto na taxa de crescimento quanto no tempo de maturação dos brotos deverão ser úteis no aprimoramento das pulverizações, principalmente no que diz respeito a ajustes na frequência e número de pulverização nos diferentes surtos vegetativos que normalmente ocorre ao longo do ano. |