Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Garcia, Carolaine de Santana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/234841
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Resumo: |
Esta pesquisa está vinculada à linha de pesquisa “Processos Formativos, ensino e aprendizagem”, pertencente ao Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Estadual Paulista (UNESP), Campus de Presidente Prudente/SP. O objetivo geral foi analisar a realidade escolar de estudantes com Transtornos e Dificuldades de Aprendizagem, em termos da atuação docente e das situações de aprendizagem, de modo a tecer compreensões acerca das possibilidades de aperfeiçoamento do processo educacional na perspectiva da educação inclusiva. A questão norteadora da pesquisa visou compreender: quais os conhecimentos dos docentes da sala comum, acerca dos Transtornos de Aprendizagem (TA) e das Dificuldades de Aprendizagem (DA), e como os articulam às práticas pedagógicas desenvolvidas no processo de aprendizagem dos estudantes, no contexto da educação inclusiva? Para isso, partimos do pressuposto de que o paradigma educacional brasileiro tem passado por importantes reconfigurações, uma vez que a sociedade contemporânea tenta direcionar suas ações ao ideal de superação de desigualdades e desenvolvimento pleno do ser humano em suas dimensões: social, moral, afetiva, política, física e outras. Nesse contexto, os atuantes da escola tornam-se importantes agentes de transformações, sendo diretamente responsáveis pela formação e o desenvolvimento de forma totalizadora de todos os estudantes, bem como de sua aprendizagem conceitual e para a vida. Assim, a inclusão de alunos com Transtornos de Aprendizagem (TA) ou Dificuldades de Aprendizagem (DA) nas salas de aula comum do ensino regular, têm desafiado as escolas e os profissionais que nela atuam a reconstruírem e ressignificarem cotidianamente suas práticas frente os princípios de uma educação inclusiva e de qualidade para todos. De modo a atingirmos os objetivos anteriormente elencados, e respondermos à questão balizadora deste estudo, o desenvolvimento metodológico da pesquisa foi de natureza qualitativa, e fez-se uso das dinâmicas de investigação presentes no grupo focal. Em relação aos procedimentos, realizamos a aplicação de um questionário online com os docentes participantes da pesquisa. O questionário em questão foi composto por questões fechadas e abertas, que tiveram como objetivo levantar dados pessoais e de atuação profissional dos docentes. Por fim, após a aplicação do questionário, e de posse dos dados obtidos, entramos em contato com os docentes que participaram inicialmente da pesquisa, respondendo ao questionário, convidando-os a participarem dos grupos focais, que ocorreram de forma online. A partir do estudo desenvolvido, tivemos a oportunidade de analisar a realidade escolar dos estudantes com transtornos e dificuldades de aprendizagem e a prática pedagógica dos docentes participantes da pesquisa, e de modo geral, constatamos que, os docentes apresentaram grande preocupação com relação ao seu processo de formação, inicial e continuada, expondo que não se sentiam “preparados” e “bem formados” para ensinar alunos com transtornos ou dificuldades de aprendizagem. No entanto, a partir do discurso dos professores, compreendemos que, mesmo alegando falta de formação, em suas práticas pedagógicas, os docentes tem se mobilizado para atender às diferentes dificuldades de aprendizagem apresentadas por seus alunos. Diante isso, nos grupos focais, os docentes descreveram algumas estratégias facilitadoras que são adotadas para superar as dificuldades no aprendizado, como a adaptação curricular, o trabalho por pares, o planejamento e acompanhamento individualizado, a adequação de tempo e de linguagem e uso de diferentes materiais didático-pedagógicos. Assim, os resultados desta pesquisa, trazem, ainda que de forma incipiente, que diante das dificuldades de aprendizagem apresentadas pelos estudantes, é por meio do fazer pedagógico que serão construídas pontes para o conhecimento e a aprendizagem, por meio de estratégias pedagógicas que sejam capazes de atender aos diferentes ritmos e estilos de aprendizagem, e assim, superarmos os desafios de ensinar e aprender, presentes no contexto escolar, na perspectiva da educação inclusiva. |