Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Moraes, Vanessa de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/154516
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Resumo: |
O câncer de próstata é o tipo de tumor de maior incidência nos homens, atrás somente do câncer de pele não melanoma, é o segundo em mortalidade no Brasil, sendo um grave problema de saúde pública, pois mesmo sendo um câncer de crescimento lento e de simples detecção, muitos pacientes descobrem tardiamente a doença, diminuindo as chances de cura e de sobrevida. Os objetivos da pesquisa foram: desvelar alguns dos motivos do diagnóstico e encaminhamento tardio para um serviço de referência; analisar quais regiões encaminharam pacientes mais tardiamente e entender o itinerário terapêutico desses pacientes. Trata-se de uma pesquisa quanti-qualitativa, desenvolvida em duas etapas. No 1º momento realizou-se um estudo retrospectivo, descritivo e quantitativo de dados levantados junto ao RHC, de 1531 pacientes com câncer de próstata recebidos no Hospital Amaral Carvalho em 2015 e 2016. Na segunda etapa foi realizado um estudo qualitativo, com realização de 100 entrevistas, com perguntas fechadas e abertas. Entre os resultados destaca-se que a maioria dos pacientes está acima de 50 anos (97,77%), com média de 66 anos. A faixa etária de 70 a 79 anos apresentou o maior número de óbitos (3,66%) do total de 141 (9,21%), sendo o maior índice de pacientes com estádio IV (4,25%). 28,15% (431) dos pacientes chegaram com estádio avançado, sendo 131 da DRS VI (Bauru), 85 da DRS IX (Marília), 84 da DRS XVI (Sorocaba), 52 da DRS III (Araraquara) e os demais casos em menores números das demais DRS. Na 2ª etapa da pesquisa, constatou-se que dos 100 pacientes entrevistados: 78 são casados, 41 possuem de 3 a 4 filhos, 50 estudaram até o 4º ano, 67 já estão aposentados, 79 buscaram atendimento SUS. Dos sujeitos, 76 se autonomearam brancos, 68 não fumantes, 56 pacientes afirmaram possuir familiares com câncer, sendo o familiar mais citado foi o pai (21), e o câncer de próstata o de maior prevalência. Ainda 70 pacientes declararam fazer exames de prevenção, 55 tiveram sintomas, apenas 20 relataram encontrar dificuldades no encaminhamento ao serviço especializado e 43 aguardaram menos de um mês para o atendimento no HAC. A pesquisa constatou que os casos de pacientes com estágios mais avançados (III e IV) somaram 24,85% em 2015 e 32,53% em 2016. Os valores culturais relacionados à masculinidade se destacaram como o principal motivo do encaminhamento tardio destes pacientes. A desorganização e a falta de comprometimento de alguns profissionais da saúde básica também foram obstáculos no acesso aos serviços de alta complexidade. Como proposta de auxílio na detecção precoce do câncer de próstata, sugerimos: definição de um consenso sobre rastreamento; capacitação dos profissionais da rede básica para atendimento desta clientela; priorização de campanhas e trabalho coletivo com equipe multiprofissional; horário diferenciado para atendimento |