Tolerância ao défice hídrico recorrente modulado por padrões fisiológicos, bioquímicos e epigenéticos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Mantoan, Luís Paulo Benetti
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/181040
Resumo: Plantas que presenciam a seca podem armazenar informações sobre esta experiência, tal como uma memória ao estresse. As informações adquiridas com a memória do estresse podem ser utilizadas para aumentar a tolerância a futuros eventos de défice hídrico, porém, o crescimento das plantas pode ser limitado. O objetivo deste estudo foi investigar as respostas fisiológicas, bioquímicas e epigenéticas de Sorghum bicolor (L.) Moench durante e após o primeiro e segundo evento de défice hídrico, bem como as vantagens e desvantagens de eventos recorrentes de seca para a tolerância e crescimento. Neste estudo foram utilizados quatro tratamentos que foram: Controle, onde a irrigação foi mantida, Défice Hídrico na Fase Juvenil, onde as plantas foram submetidas a desidratação na fase juvenil seguido de reidratação, Défice Hídrico na Fase Adulta, onde a irrigação foi suspensa na fase adulta seguido de reidratação e Défice Hídrico Recorrente, onde a irrigação foi suspensa na fase juvenil e adulta seguido de reidratação. Foram avaliadas as trocas gasosas, fluorescência da clorofila a, conteúdo relativo de água na folha, densidade estomática, crescimento, enzimas atioxidativas, conteúdo de açucares totais e sacarose e ocorrência da H3K4me3 no gene Sb04g038610. Mesmo com o intervalo entre o primeiro e o segundo evento de seca, o que poderia resultar na remoção da memória do estresse formada no primeiro evento, as respostas fotossintéticas, antioxidativas, morfo-anatomicas e de estado hídrico demonstraram que plantas de S. bicolor apresentaram maior tolerância a seca durante o défice recorrente em relação às plantas submetidas a apenas um evento de défice. Além disso, plantas sob défice hídrico recorrente apresentaram maior ocorrência da marca epigenética H3K4me3 no gene Sb04g038610 durante a seca e reidratação, sendo a H3K4me3 mantida durante a reidratação de plantas submetidas ao défice hídrico único e recorrente por seis dias. Contudo, a massa seca da parte aérea e a área foliar de plantas sob seca recorrente foi reduzida em relação a plantas sob défice hídrico único. Desta forma, conclui-se que S. bicolor apresenta impressão do estresse por défice hídrico a longo prazo, pois durante o segundo evento de seca as plantas apresentam maior tolerância e presença, com posterior manutenção, da H3K4me3. Entretanto, o crescimento destas plantas é prejudicado.