Análise dos conteúdos de língua portuguesa do “Programa Ler e Escrever” em uma escola municipal de ensino fundamental

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Trevelin, Fátima Gil de Oliveira [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/136273
Resumo: Com o intuito de contribuir para a reflexão sobre a alfabetização no cenário brasileiro, mais especificamente no Estado de São Paulo, analisamos a política educacional do Programa “Ler e Escrever” e dos conteúdos de disciplina de Língua Portuguesa em seu contexto, assim como suas repercussões, em uma escola da rede municipal de Ensino Fundamental da cidade de João Ramalho/SP. As reformas educacionais dos anos de 1990 regulamentaram parâmetros e diretrizes gerais, por meio da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDB, de 1996, para que fossem desenvolvidos na forma de currículos pelos sistemas de ensino em todo o país. No Estado de São Paulo, definiu-se um currículo mínimo e comum a todas as escolas paulistas, o que se deu de forma explícita para o segmento da educação básica de primeira a quarta séries (1º ao 5º anos) através da estruturação do “Programa Ler e Escrever” a partir do ano de 2007. Procuramos contextualizar a culminância do programa desde o período das reformas educacionais, contemplando reflexões que ecoam sobre o trabalho docente, a formação curricular, avaliações externas, a leitura e até a contribuição dos gêneros literários para a alfabetização. O objetivo desta pesquisa é realizar uma análise do Programa “Ler e Escrever”, a qual contempla desde sua ideologia expressa em documentos oficiais, seus materiais para uso de professores e alunos até a prática em sala de aula, por meio de entrevistas com as professoras alfabetizadoras. Constatamos a ausência de uma formação continuada para o professor, descrita nos documentos oficiais, substituída por prescrições detalhadas sobre as atividades nos guias do professor, um reconhecimento tácito desta ausência de formação. O trabalho com projetos e sequências, importantes na alfabetização, descritos por vários autores, como Dolz e Schneuwly (2004), Geraldi (2006), Bronckart (2009) entre outros, acontece no programa. Entretanto, os projetos e sequências não surgem da necessidade dos atores envolvidos, pois já vêm predeterminados. O uso de atividades que abrangem os gêneros literários acontece, na voz das professoras, num âmbito horizontal, sem maior verticalização.