Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Benso, Lucas Antonio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183176
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Resumo: |
A recente introdução de diversas espécies florestais exóticas no Brasil, na forma plantios comerciais, é responsável pela redução do dano ocasionado pela exploração desenfreada em áreas naturais. As espécies de mogno africano (Khaya spp.) estão entre aquelas introduzidas há pouco tempo, visando principalmente suprir a demanda de mercado pelo mogno brasileiro (Swietenia macrophylla). A falta de estudos sobre essas árvores exóticas é um dos fatores que dificultam o seu manejo, principalmente do ponto de vista fitossanitário. Esse trabalho teve como objetivo o estudo de pragas e doenças em duas espécies de mogno africano, Khaya senegalensis e Khaya grandifoliola. No primeiro capítulo, foi realizado o estudo da dispersão espacial da murcha de Ceratocystis em K. senegalensis. Para isso, três parcelas foram montadas em um talhão puro dessa espécie florestal. Foram feitas avaliações anuais ao longo de três anos, com a contagem do número de plantas doentes e a elaboração de mapas com sua distribuição. Esses mapas serviram de base para a aplicação da Análise da Dinâmica e Estrutura de Focos (ADEF) e do Indice de Dispersão (ID). Para o primeiro, a murcha apresentou padrão tipo “agregado” em todas as parcelas e em todos os anos avaliados, sem preferência entre linha ou coluna para o crescimento dos focos. Já para o ID, a dispersão variou entre “agregado” e “ao acaso”, podendo se notar que quanto maiores eram os quadrats usados, mais predominantes eram os resultados com distribuição “agregado”, enquanto que com a redução dos mesmos, predominaram os “ao acaso”. No segundo capítulo foi feito o levantamento de doenças e a identificação dos seus agentes causais em um viveiro de mudas de K. senegalensis e K. grandifoliola. No total, três novas doenças foram encontradas, todas associadas a manchas foliares. Em K. grandifoliola, duas doenças tiveram seus agentes causais isolados, uma mais severa causada por Boeremia exigua, e outra com incidência principalmente em locais sombreados, causada por Epicoccum sorghinum. Em K. senegalensis, o fungo B. exigua foi o único associado com manchas foliares. A inoculação desses patógenos em folíolos destacados das duas espécies de Khaya demonstrou a possibilidade de transmissão de E. sorghinum para K. senegalensis. Já no terceiro capítulo, o objetivo foi realizar o levantamento de coleobrocas em talhões de diferentes idades de K. senegalensis e relacionar as espécies encontradas com altura de ataque, idade das árvores, sanidade do tecido atacado e capacidade da planta de se defender. Para isso foram feitas coletas bimestrais durante um ano, sendo possível notar certas variações nas ocorrências de determinadas espécies de coleobrocas de acordo com as características do hospedeiro levantadas. Dentre as espécies encontradas, Megaplatypus dentatus foi coletada apenas do interior de tecidos sadios, enquanto Euplatypus parallelus e Theoborus villosulus foram retirados principalmente de tecidos sadios e estressados. As demais espécies coletadas foram encontradas em tecidos mortos e/ou estressados em sua maior parte, devido a doenças associadas ao sistema radicular. |