O projeto da Colônia Militar do Avanhandava no ensaio da ocupação territorial paulista (1858-1878)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Ferrari, Daniel Candeloro
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/192892
Resumo: Durante o século XIX, principalmente a partir de 1850, o império brasileiro planejou a instalação de colônias militares que deveriam ser implantadas por todo o território. Enquanto na maioria dos países o problema é a falta de espaço geográfico, no Brasil, a imensidão de terras constituiu-se como permanente preocupação dos administradores. Assim, as colônias militares tinham por principal função promover a “povoação e cultura agrícola” de determinadas regiões, bem como a de “policiar e proteger” o interior do país. Ambos os modelos, colônias militares e civis, representavam, antes de tudo, um esforço de levar a “civilização” e marcar presença em locais não ocupados ou mal ocupados pelo homem branco. Na província de São Paulo duas colônias foram implantadas: Itapura e Avanhandava; sendo a primeira, motivo de alguns trabalhos acadêmicos, e a segunda jamais pesquisada. O trabalho proposto pretende estudar a Colônia Militar do Avanhandava, buscando definir os primórdios de sua formação, ocupação inicial e administração. Visa ainda, analisar o material textual e cartográfico coletado em Arquivos Públicos sobre a colônia, especialmente plantas e projetos nunca antes trazidos à luz. O objetivo é demonstrar que havia um ideal que estava além de demarcar, vigiar e proteger o território; mas principalmente, implantar estabelecimentos sob projeto racional, cujas bases parecem vir de colônias militares romanas somadas às questões urbanas do século XIX. O propósito era construir em meio à mata fechada e às margens do rio Tietê, uma cidade planejada, inicialmente de caráter militar e agrícola, que seria a semente de futuro núcleo civil. Com olhares voltados para a Arquitetura e o Urbanismo, o estudo analisa o espaço projetado (e nem sempre construído), revelando precioso material documental, e contribuindo para nova perspectiva voltada para o entendimento do cotidiano dessa colônia e de sua concepção espacial, além do discurso civilizatório que a estrutura.