Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Priscila Braga de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/191974
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Resumo: |
INTRODUÇÃO: O ambiente de trabalho das instituições de saúde é considerado fator determinante da qualidade e da segurança do cuidado à saúde. As organizações têm buscado a melhoria da qualidade assistencial aos usuários dos serviços, o que implica no aprimoramento contínuo de suas práticas. O absenteísmo é um problema organizacional que prejudica o processo de trabalho das instituições de saúde. Assim, conhecer e compreender como o ambiente de trabalho afeta os trabalhadores promovendo o absenteísmo e os eventos adversos éfundamental para a propositura de estratégias que garantam a qualidade do cuidado. OBJETIVO: Analisar o ambiente de trabalho dos enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade de urgência e emergência de um hospital de ensino. MÉTODOS: Foram realizados dois estudos na abordagem quantitativa (transversal e coorte) e um estudo na abordagem qualitativa (análise de conteúdo). Foram convidados a participar todos os enfermeiros e técnicos de enfermagem da unidade de urgência e emergência de um hospital público terciário de grande porte no interior de São Paulo. A coleta de dados referente à abordagem quantitativa foi por meio da aplicação de um questionário com dados sóciodemográficos laborais, a versão brasileira do Nursing Work Index Revised (B-NWI-R) para enfermeiros com 57 itens e quatro domínios: autonomia, controle sobre o ambiente, relacionamento médico e enfermeiro e suporte organizacional; e o B-NWI-R para técnicos de enfermagem com 15 itens e quatro domínios: autonomia, controle sobre o ambiente, relacionamento médico e equipe de enfermagem e suporte organizacional. Na abordagem qualitativa utilizou-se a vertente da análise de conteúdo, com entrevistas gravadas em áudio e semiestruturadas, com os enfermeiros assistenciais da mesma unidade. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa (Parecer nº. 2.076.259). A análise da chance de absenteísmo em função do ambiente de trabalho medido pela escala B-NWI-R foi realizada por meio de modelo de regressão logística múltipla. Associações foram consideradas estatisticamente significativas se p< 0,05. A análise da chance de absenteísmo e o cálculo do coeficiente de alfa de Cronbach, para a obtenção da confiabilidade da escala B-NWI-R foram realizados com o software Statistical Package for the Social Sciences - SPSS® 21. Para análise das entrevistas foi utilizado o referencial metodológico da análise de conteúdo segundo o modelo de Graneheim e Lundman contemplando unidade de significado, unidade de significado condensada, interpretação do significado subjacente, subtema e tema. RESULTADOS: Foram realizados três artigos: (1) Associação entre absenteísmo e ambiente de trabalho dos técnicos de enfermagem; (2) Compreensão da interferência do ambiente de trabalho nos eventos adversos em uma unidade de urgência e emergência; (3) Absenteísmo de enfermeiros e técnicos de enfermagem na unidade de urgência e emergência: um estudo de coorte. CONCLUSÃO: O estudo permitiu uma análise quantitativa da interferência do ambiente de trabalho no absenteísmo dos enfermeiros e técnicos de enfermagem de uma unidade de urgência e emergência e também compreender como os enfermeiros dessa unidade percebem a interferência do ambiente de trabalho para a ocorrência de eventos adversos. O estudo de coorte única possibilitou, no tempo de um ano, conhecer como o ambiente de trabalho e os fatores sociais, demográficos e laborais se associam evidenciando que os técnicos de enfermagem apresentaram o maior índice de absenteísmo, em comparação com os enfermeiros assistenciais. Os fatores que aumentam a chance de absenteísmo são “ser solteiro ou divorciado” e “trabalhar em período noturno” e os fatores que diminuem esta chance: “ser enfermeiro” e “possuir outro emprego”. |