Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Ribeiro, Daniela Furuzawa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/183089
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Resumo: |
Estudos epidemiológicos demonstram um acelerado aumento do número de indivíduos com obesidade em quase todo o mundo. A fisiopatologia da obesidade ainda não está bem elucidada, mas sabe-se que o controle do peso corporal está relacionado a diversos hormônios, sinalizadores celulares e neurônios do Sistema Nervoso Central que regulam o apetite e o balanço energético. Nesse contexto, o tempo de esvaziamento gástrico (TEG) poderia influenciar na fisiopatologia da doença, visto estar relacionado à secreção de hormônios reguladores da fome e da saciedade. Considera-se, a cintilografia como diagnóstico padrão-ouro de anormalidades no TEG. Esse procedimento ocorre com a ingestão de fonte radioativa não selada. Diante disso, avaliamos o TEG sólido em pacientes obesos por meio da cintilografia de esvaziamento gástrico sólido e sua relação com o índice de massa corporal (IMC) dos pacientes. Fizeram parte do estudo 45 mulheres com idade entre 18 e 50 anos, IMC > 35 kg/m2, acompanhadas no ambulatório de gastrocirurgia da Faculdade de Medicina de Botucatu. Foram obtidos dados antropométricos e exames laboratoriais com amostras de sangue, sendo dosados transaminase glutâmico-oxalacética (TGO), transaminase glutâmico pirúvica (TGP), glicemia de jejum, hemoglobina glicada, hormônio tireoestimulante (TSH) e hormônio tiroxina livre (T4 livre). Os resultados mostraram que a maioria dessa população era constituída por mulheres brancas (80%), não tabagistas (91,1%), não etilistas (95,6%), com idade média de 38,27 anos, peso médio de 125,92 kg, altura média de 1,63 metros, IMC médio de 47,56 kg/m2, escolaridade até ensino médio (37,8%), com perfil lipídico e glicêmico normal, sem alteração da função renal, hepática ou tireoideana. Em relação à cintilografia de esvaziamento gástrico sólido, foram realizados 36 exames, a maioria (n=24) apresentou resultado normal e as demais, resultado acelerado (n=12), sem correlação entre o IMC e o resultado da cintilografia. O esvaziamento gástrico acelerado poderia estar relacionado com uma sensação de saciedade menor, o que aumentaria a frequência de ingestão de refeições. Não houve diferença entre os resultados com relação à cor da pele, escolaridade, tabagismo e etilismo. Os dados obtidos foram concordantes com os já descritos na literatura. Concluímos que o IMC não está relacionado com o TEG sólido e que são necessários mais estudos sobre o tema para elucidar melhor essa questão. |