Estudo eletroquímico do aço UNS S32750 soldado por SAPNC em solução de cloreto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Silva, Raone Cardoso de Carvalho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/213660
Resumo: Os aços inoxidáveis duplex são uma importante classe de ligas metálicas aplicados a diversas áreas para diferentes fins, normalmente em ambientes em que são exigidas boas propriedades mecânicas juntamente com boa resistência à corrosão. Em sua aplicação, constantemente, faz-se necessário a utilização de processos de soldagens, que por submeterem os materiais a altas temperaturas podem ocasionar a formação de precipitados, fases deletérias e o desbalanceamento das fases constituintes (ferrita e austenita), que influenciam a boa performance do material tanto mecânica quanto a resistência à corrosão. Em decorrência disso vem sendo discutido na literatura a aplicação do processo de soldagem por atrito com pino não consumível (SAPNC), que produz uma soldagem com menor entrada de calor, porém apresenta o processo de deformação plástica que está associado ao aumento das velocidades de formação de fases deletérias e precipitados. A superfície das amostras (UNS S32750) soldadas e não soldadas foram estudadas microestruturalmente por microscopia eletrônica de varredura (MEV) e microscopia ótica (MO), quimicamente por dispersão de energia de raios X (Energy Dispersive X Ray Spectroscopy - EDXS) e eletroquimicamente em soluções com diferentes concentrações de cloreto (0,6 a 3 mol L-1) e em diferentes temperaturas (25 a 85 ºC), usando as técnicas de potencial de circuito aberto (EOPC), curva de polarização cíclica (CPC), cronoamperometria (CA), espectroscopia de impedância eletroquímica (EIS) e Mott-Schottky. Os resultados de quantificação das fases principais indicam um leve aumento da fração de austenita com a maior variação sendo no lado do retrocesso da ferramenta; a composição química das fases concorda com o previsto, devido ao aumento da fração de austenita, não sendo identificadas fases deletérias ou precipitados nas regiões de solda. Os ensaios eletroquímicos apontam para uma maior resistência à corrosão do metal base em 25 ºC e para ambos metal base e soldada dois comportamentos distintos são verificados: o primeiro na concentração de cloreto 0,6 até 2 mol L-1 e para ambas as amostras se tem, em geral, uma diminuição da resistência à corrosão com o aumento de cloreto em solução; no segundo entre 2 e 3 mol L-1 observou-se o oposto com o aumento da resistência à corrosão. Esse comportamento deve-se ao enriquecimento de elementos de liga mais nobres no filme passivo. Porém em temperaturas mais elevadas (85 ºC) as amostras soldadas apresentaram maior resistência à corrosão, isso deve-se aos menores caminhos de difusão.