Relação “alimento no final de vida”: o significado para o familiar cuidador

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Komuro, Jéssica Emy
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/153789
Resumo: Introdução Quando o paciente não tem a possibilidade de cura, o familiar enfrenta diversos desafios, inclusive o do cuidado da alimentação. Objetivo Compreender o significado da alimentação para o familiar de pacientes fora de possibilidade terapêutica de cura. Método Foi utilizada a abordagem fenomenológica social de Alfred Schütz. A pergunta norteadora utilizada foi: "Conte para mim como tem sido para o senhor(a) lidar com a alimentação que o (paciente) está recebendo?" Resultados e discussão Foram realizadas seis entrevistas que foram analisadas seguindo os passos metodológicos da Análise Ideográfica e Nomotética da fenomenologia. Emergiram duas categorias: "Associando o comprometimento da alimentação com a finitude" e "Desafios frente ao comprometimento alimentar". O familiar cuidador, frente a evolução da doença, vê no agravamento da dificuldade para alimentação o anuncio do fim. Relaciona a alimentação ao prazer e ao bem estar, tendo-a como uma forma de dar amor e conforto ao paciente. Para os familiares privar o paciente de um dos poucos prazeres que ele ainda tem - a alimentação - é muito difícil, e por isso transferem e confiam essa responsabilidade para os profissionais. Considerações finais O familiar cuidador relaciona o comer com o bem estar do paciente, e também como uma forma de transmitir o seu amor e zelo ao paciente. O comprometimento da alimentação torna visível e concreto a progressão e permanência da doença, o que sinaliza a aproximação da finitude e que aos olhos do familiar é muito doloroso.