Evolução metamórfica (P-T-t) de granulitos e migmatitos do Complexo Guaxupé na região de São João da Boa Vista, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Melo, Rodrigo Prudente de [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/92866
Resumo: A evolução de rochas migmatíticas e granulíticas da porção de baixa-média pressão do Complexo Guaxupé, na região de São João da Boa Vista, foi investigada a partir de estudos petrográficos, geoquímicos, isotópicos e geotermobarométricos. Os dados de campo, em conjunto com a geoquímica, permitem reconhecer pelo menos três fases de anatexia, e agrupar os litotipos em quatro suítes geoquímicas distintas onde os paleossomas têm assinatura de crosta inferior e foram formados em um arco magmático, com colisão continental, diferenciando-se das demais, que apresentam assinatura de crosta superior. As análises isotópicas sugerem longa residência crustal com valor mínimo da razão 86Sr/87Sr de 0,707199 e valores de εNd sempre negativos (-6,17 a -16,46). Os valores de TDM variam entre 1,34 e 1,77Ga. A idade do pico metamórfico é sugerida em 639.6+3.7Ma e foi obtido pela datação de U/Pb em zircões granulíticos. Cálculos geotermobarométricos sugerem trajetória metamórfica aberta com sentido horário, e pico metamórfico em 11,5kbar e 820°C, seguido por descompressão isotérmica até 8kbar. Esses dados permitem abrir a discussão para um modelo evolutivo onde os protólitos foram formados na crosta inferior em um arco magmático muito anterior aos eventos de pico metamórfico e migmatização, que ocorreram no Neoproterozóico, quando essas rochas foram arrancadas dessas porções profundas e colocadas em ambiente de crosta superior. A evolução parece ter ocorrido com uma fase de fusão parcial, nos estágios iniciais, e pelo menos mais duas durante a ascensão e exumação dessas rochas