Efeito do biocarvão e adubação fosfatada no desenvolvimento de castanheira do brasil em latossolo amarelo da amazônia central

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Danielle Monteiro de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/183241
Resumo: Os solos da Amazônia, apesar das boas condições físicas, apresentam várias limitações químicas como a baixa quantidade natural de fósforo (P) e altas taxas de adsorção desse elemento nas argilas. Em contrapartida, os solos as Terras Pretas de Índio (TPI’s) contém alto teor de P que pode estar ligado aos elevados teores de biocarvão - BC que garante essa fertilidade por muitos anos. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi avaliar o efeito de doses de BC combinado com doses de P sobre os parâmetros morfológicos de mudas de Castanheira, a nutrição e os atributos químicos do solo. O experimento foi realizado em casa de vegetação no Campus III do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), Manaus-AM, utilizando-se um Latossolo Amarelo distrófico, textura muito argilosa. O delineamento utilizado foi em blocos inteiramente casualizado em arranjo fatorial 5 x 5, sendo cinco doses de BC (0, 20, 40, 60 e 80 t ha-1) e cinco doses de P2O5 (0, 100, 200, 300 e 400 kg ha-1), totalizando 25 tratamentos, 4 repetições e 100 unidades experimentais. Os parâmetros biométricos (altura de plantas, diâmetro do caule, número de folhas e matéria seca da parte aérea-MSPA) não foram influenciados positivamente pelos tratamentos testados, embora tenha se observado em análise de variância que as doses de P2O5 causaram incremento na MSPA na ausência e na dose máxima de Biocarvão, porém, a última medição revelou efeito negativo com o aumento das doses de BC. Quando se analisou as cinco medições, notou-se que a aplicação de 20 t de BC isolado, proporcionou altura das plantas ao longo do tempo maior ou igual aos tratamentos onde se aplicou BC com P2O5. Não foram observadas diferenças significativas sobre o número de folhas de Castanheira-do-brasil. A ausência de respostas mais evidentes pode ser o reflexo da adsorção de nutrientes pelo biocarvão, visto que os tratamentos foram significativos para os atributos químicos do solo, favorecendo a neutralização de Al e consequentemente aumentando pH, bem como mostrando interação significativa para C, N, P, SB, S, V% e micronutrientes exibindo ainda aumentos expressivos dos teores de fósforo total e forte relação do poder adsortivo do biocarvão pelo fósforo, comprovado pelo fato de que o biocarvão no nível de 20 t ha-1 promoveu valores maiores de P quando comparados aos que não continham biocarvão. Em geral, os resultados não foram significativos quanto aos parâmetros biométricos avaliados, no entanto, o BC mostrou a capacidade de adsorção de alguns atributos químicos do solo e principalmente nos teores de P.