Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2011 |
Autor(a) principal: |
André, Richard Gonçalves [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/103153
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Resumo: |
A presente pesquisa tem por objetivo sugerir como a religiosidade nikkei no Brasil, entre 1932 e 1950, desenvolveu-se por meio de canais não-institucionais como as representações e práticas religiosas presentes nos cemitérios. Para isso, são utilizadas como fontes privilegiadas as sepulturas existentes no Cemitério de Assaí – PR –, compreendidas como artefatos da cultura material, bem como outros documentos como entrevistas, obras literárias, dados estatísticos, artigos de jornal e processos criminais. Busca-se questionar a ideia segundo a qual não teria havido religião entre os imigrantes japoneses e seus descendentes durante a primeira metade do século XX. Foram percebidas na necrópole analisada três tipologias de túmulos: budistas, cristãos e sincréticos. Os indícios inscritos nos jazigos remetem, de modo geral, a formas de religiosidade pré-migratória que foram reconstruídas em território brasileiro, articulando-se, em certos casos, a elementos do universo religioso presentes no país, derivados especialmente do Catolicismo, inclusive popular, constituindo, dessa forma, um constructo cultural sui generis. Um de seus aspectos marcantes é a transferência do culto aos ancestrais que, tradicionalmente realizado em esfera doméstica, passou a ser cemiterizado no Brasil, marcando a passagem do sagrado da esfera privada para a pública. Em parte, essa religiosidade é concebida como consequência da própria dinâmica sincrética das religiões japonesas, partindo do pressuposto de que o sincretismo possui uma lógica intrínseca, não sendo caótico ou inocente. Por outro lado, compreende-se o fenômeno como algo elaborado no interior de conflitos e negociações de identidades num país marcado por discursos e práticas antinipônicos, afirmando a suposta inferioridade racial e cultural dos japoneses, tidos como inassimiláveis... |