Exportação concluída — 

O Serviço de Proteção aos Índios e o estabelecimento de uma política indigenista republicana junto aos índios da reserva de Dourados e Panambizinho na área da educação escolar (1929 a 1968)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Girotto, Renata Lourenço [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/103196
Resumo: Este trabalho trata da política indigenista do Estado Republicano ao sul de Mato Grosso, tendo como objeto específico o processo de educação escolar na Reserva de Dourados e Aldeia Panambizinho, no período de 1929 a 1968. Os referenciais teórico-metodológicos adotados baseiam-se, primordialmente, na História Cultural, na História Social, na Antropologia e na Etnografia, com a contribuição das fontes da História Oral. Intenta-se a construção de uma História que, ao mesmo tempo em que evidencia a violência cometida contra os povos indígenas, os reconhece como agentes sociais. Ao longo do trabalho, analisamos as concepções da política indigenista oficial em suas contradições e ambigüidades, passando do plano discursivo ao prático. Buscamos reconstituir o processo de criação da Reserva Indígena de Dourados e da Terra Indígena do Panambizinho, fazendo uma breve contextualização dos condicionamentos históricos recentes da migração dos Terena e dos Guarani até a região, perpassando pela caracterização de sua conformação étnico-cultural, em seus aspectos mais relevantes. Com base em documentos escritos e orais, demonstramos o entrelaçamento do Serviço de Proteção ao Índio com a Missão Evangélica Caiuá, o primeiro abdicando de sua proposta inicial de secularização das práticas sociais para processar, em parceria com a Instituição religiosa, um projeto de escola alicerçado num ideário que combinava catequização e educação, visando garantir a civilização e a integração dos índios à sociedade local, a ponto de fazer, daquela última, parte constitutiva da estrutura política do órgão tutor. Concomitantemente, buscamos relacionar alguns depoimentos referentes ao modelo de escola implantado e a visão de índios informantes que estudaram nas décadas de 1950 e 1960.