Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Fonte, Juliana Simões [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/115836
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Resumo: |
A proposta do presente estudo é fornecer um quadro diacrônico das vogais do português a partir da observação de três momentos da história da língua: séculos XIII, XV e XVI. Serviram de corpora a esta pesquisa as Cantigas de Santa Maria (CSM) de Afonso X (século XIII), o Cancioneiro Geral (CG) de Garcia de Resende (século XV) e Os Lusíadas de Camões (século XVI). A metodologia adotada neste estudo consistiu, essencialmente, no mapeamento e na análise das rimas e da grafia empregadas nas obras referidas. Sabendo que as rimas dos textos poéticos podem fornecer pistas importantes sobre as antigas pronúncias da língua, que não deixaram registros orais, investigamos as possibilidades e impossibilidades de rima, nos corpora abordados, com o intuito de obter informações sobre a realização fonética das vogais tônicas e postônicas do português de antanho. No caso das vogais pretônicas, que não são contempladas pelas rimas poéticas, buscamos, na escrita da época, os vestígios das pronúncias do passado. Por meio deste trabalho, foi possível obter dados relevantes acerca das vogais tônicas, pretônicas e postônicas do galego-português, do português médio e do português moderno. Com relação às vogais da sílaba acentuada, as rimas das CSM não apenas atestam uma distinção de timbre entre as vogais médias do século XIII como também evidenciam uma mudança na pronúncia da vogal tônica de determinados vocábulos, ao longo da história da língua. Já as rimas do CG e de Os Lusíadas sugerem que essa mudança teve origem, muito provavelmente, em variações fonéticas dos séculos XV e XVI, entre vogais médias abertas e fechadas, na sílaba acentuada. Para as vogais pretônicas do passado, a grafia empregada nas três obras poéticas analisadas sugere a ocorrência de uma considerável variação fonética entre as vogais médias e altas do português antigo. Por fim, sobre... |