Influência da guia de desoclusão no desempenho e habilidade mastigatória de usuários de próteses totais convencionais com rebordos mandibulares normais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Scavassin, Priscila Mattos [UNESP]
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/151497
Resumo: O tratamento reabilitador com próteses totais convencionais tem como objetivos restabelecer a mastigação, a fonética e a deglutição, assim como proporcionar estética e conforto. O sucesso desse tratamento deve combinar a satisfação do paciente com etapas clínicas e laboratoriais criteriosas e bem executadas, principalmente as que envolvem os procedimentos de moldagem, registro das relações intermaxilares e escolha do esquema oclusal. Atualmente, o esquema oclusal mais difundido em prótese total é a oclusão balanceada bilateral (OBB). No entanto, a literatura aponta que a desoclusão pelos caninos (DC) é uma alternativa viável na confecção de próteses totais convencionais. Estudos randomizados controlados para verificar o efeito da guia de desoclusão nas variáveis relacionadas à mastigação ainda são necessários. O objetivo deste estudo cross-over foi analisar a influência da guia de desoclusão no desempenho e habilidade mastigatória de usuários de próteses totais convencionais. Foram convidados a participar do estudo indivíduos desdentados totais, do sexo feminino, que receberam tratamento com próteses totais convencionais, de acordo com os princípios clínicos e laboratoriais preconizados pela Disciplina de Prótese Total da Faculdade de Odontologia de Araraquara (UNESP) (n=50). Após o período de adaptação com as novas próteses (fase pré- teste), os participantes foram divididos em duas sequências de estudo onde, em períodos alternados e sequenciais de 30 dias cada, foram designados aos dois tipos de protocolos propostos: Sequência 1: oclusão balanceada bilateral - OBB, seguida por desoclusão pelos caninos – DC; Sequência 2: desoclusão pelos caninos – DC, seguida de oclusão balanceada bilateral - OBB. As avaliações de desempenho e habilidade mastigatória foram realizadas, respectivamente, através do método dos tamises e da aplicação de questionário específico, baseado em uma escala visual analógica (EVA), os quais foram feitos em momentos distintos: 30 dias após a fase pré-teste (Leitura 1), e 60 dias após a fase pré-teste (Leitura 2). Para a análise do desempenho mastigatório (DM), amêndoas foram utilizadas como alimento teste e submetidas à tamisação, sendo o DM, expresso em porcentagem. As respostas ao questionário de habilidade mastigatória foram mensuradas a partir das EVA obtidas, e uma média foi calculada para cada grupo, sendo expressa em milímetros. Quinze participantes completaram o estudo. A guia de desoclusão não foi significante para o desempenho mastigatório (teste t Student, p=0,05, OBB=46,23 ± 10,40, DC=46,48 ± 14,12). A análise dos escores obtidos na EVA mostrou que as participantes com DC expressaram maior facilidade de mastigar pão fresco, bife e cenoura crua, além de maior qualidade geral de mastigação (teste de Wilcoxon, p<0,05, DC=91,93; OBB=72,67). Conclui-se que usuários de próteses totais apresentam desempenho mastigatório semelhante, independentemente da guia de desoclusão, e que a guia de desoclusão pelos caninos resulta em melhor autopercepção da facilidade e qualidade de mastigação para alguns alimentos, além de melhor qualidade geral de mastigação.