Resumo: |
Titânio e suas ligas têm sido utilizados em Odontologia devido sua biocompatibilidade e excelente resistência a corrosão. Esses metais são cobertos espontaneamente com uma fina camada de óxido em sua superfície quando em contato com o ar. No entanto, essa superfície do titânio é bioinerte e não se fixa quimicamente ao tecido ósseo. A proposta deste trabalho foi avaliar a bioatividade da liga Ti-7,5Mo após tratamento de superfície químico e subseqüente tratamento térmico. Os lingotes foram obtidos a partir de titânio comercialmente puro e molibdênio utilizando um forno a arco voltaico. Depois submetidos a tratamento térmico a 1100ºC por uma hora, resfriados em água, conformados a frio e torneados para obter microestrutura e morfologia próximas aos implantes dentários. A rugosidade média (Ra) foi medida em rugosímetro (1,3 e 2,6Ym) e discos (10 mm de diâmetro e 4 mm de espessura) foram cortados a cada usinagem. As amostras foram divididas em dois grupos de acordo com a rugosidade: Grupo I (1,3Ym) e Grupo II (2,6Ym), e dois sub-grupos (tratamento alcalino e tratamento alcalino + tratamento térmico). Para o tratamento alcalino, as amostras foram imersas em solução aquosa de NaOH a 5M , por 3 dias a 80ºC, lavadas em água destilada e secas a 40ºC por 24h. Para o tratamento térmico, após o tratamento alcalino, as amostras foram aquecidas a 600 ºC por 1h em forno elétrico. Depois, todas as amostras foram imersas em SBF (Simulated Body Fluid) por 7 e 14 dias para a formação de uma camada de apatita na superfície. As superfícies das amostras foram caracterizadas por perfilometria óptica e microscopia eletrônica de varredura. Nas amostras com tratamento alcalino observou-se a formação de um filme poroso de titanato de sódio e após a imersão em SBF, para os mesmos valores de rugosidade, observou-se que um maior período de imersão (14 dias) levou a um... |
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