Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Duque, Carla Caroline de Oliveira [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/138853
|
Resumo: |
Tem sido demonstrado que a susceptibilidade do complexo dentino-pulpar aos efeitos adversos do clareamento dental apresenta uma relação direta com a espessura de esmalte/dentina do substrato dental. Desta forma, o objetivo do presente estudo foi avaliar o efeito estético e biológico de um gel clareador contendo 10% de peróxido de hidrogênio (H2O2) aplicado por diferentes períodos sobre a superfície de discos simulando a espessura de incisivos inferiores (ICI) e pré-molares superiores (PMS). Discos de esmalte/dentina, provenientes de incisivos bovinos, com 2,3 e 4,0 mm de espessura foram adaptados a câmaras pulpares artificiais e distribuídos nos Grupos ICI e PMS, respectivamente. O gel clareador com 10% de H2O2 foi aplicado na superfície de esmalte por 3x15, 1x15 ou 1x5 minutos. Como controle positivo, um gel com 35% de H2O2 aplicado por 3x15 minutos (protocolo tradicional) foi empregado. Nenhum tratamento foi realizado na superfície de esmalte no grupo controle negativo. O meio de cultura em contato com a dentina imediatamente após o clareamento (extrato) foi coletado e aplicado por 1 hora sobre células pulpares humanas. A viabilidade e morfologia celular foram avaliados imediatamente após exposição aos extratos (T1), bem como 72 horas pós-tratamento (T2). O estresse oxidativo e a quantificação do H2O2 nos extratos também foram analisados em T1. A atividade de ALP (atividade de fosfatase alcalina) e deposição de nódulos de mineralização (NM) foram avaliados em períodos de 14 e 21 dias pós-clareamento, respectivamente. De forma a avaliar a eficácia estética dos protocolos testados nas diferentes condições experimentais, mensurou-se ainda a alteração de cor (ΔE) durante seis sessões clareadoras. De uma forma geral, observou-se que todos os protocolos experimentais com gel a 10% de H2O2 promoveram diminuição dos efeitos deletérios promovidos pelo protocolo tradicional. O protocolo 10% 3x15 causou redução significativa na viabilidade celular em relação ao controle negativo no período T1, em ambos os Grupos ICI e PMS, sendo que as células expostas a este protocolo no Grupo ICI não demonstraram capacidade proliferativa em T2. As alterações morfológicas, a intensidade do estresse oxidativo e a redução nos marcadores fenotípicos (ALP e NM) também foram mais intensos para este protocolo nos Grupos ICI e PMS. Para os protocolos 10% 1x15 ou 1x5 minutos, ausência de redução significante na viabilidade celular foi observada, independente da espessura. No entanto, estresse oxidativo significativo foi observado nas células do Grupo ICI. Estes protocolos promoveram redução na atividade de ALP, a qual foi proporcional ao tempo de contato e espessura do substrato dental; entretanto não se observou redução na deposição de NM aos 21 dias. Valores de ΔE similares ao protocolo tradicional foram observados para os protocolos 10% 3x15 e 10% 1x15 no Grupo ICI após 4 e 6 sessões, respectivamente. Para o Grupo PMS, este parâmetro foi atingido apenas para o protocolo 10% 3x15 após 6 sessões clareadoras. Concluiu-se que a espessura do substrato dental influenciou significativamente na citotoxicidade trans-amelodentinária do gel com 10% de H2O2. A aplicação deste gel por períodos de 45 ou 15 minutos sobre discos simulando a espessura de incisivos inferiores minimizou significativamente a toxicidade celular e promoveu clareamento tão efetivo quanto o protocolo tradicionalmente empregado. |