Progresso da ferrugem (puccinia psidii) em monocultivo de Eucalyptus grandis x Eucalyptus urophylla e em plantios consorciados com Acacia mangium

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Pieri, Cristiane De
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/152478
Resumo: A cultura do eucalipto é uma das mais importantes do Brasil, constituindo-se em fonte de energia renovável e madeira, além de importantes processos agroindustriais para produção de celulose, papel entre outros. O eucalipto é infectado por uma diversidade de patógenos, principalmente fungos, desde o viveiro até em plantios adultos. O modelo de produção predominante é o monocultivo, adensado e intensamente adubado (adubação de base e duas a três coberturas). Em espécies/clones de eucalipto suscetíveis à Puccinia psidii, a ocorrência de epidemias é observada em condições climáticas favoráveis. Dessa forma, espera-se que o plantio consorciado com uma ou mais espécies não hospedeiras, a intensidade desta doença deva ser menor, devido a barreira física criada e dificulte a disseminação das estruturas reprodutivas do referido patógeno, diluindo o inóculo. Da mesma forma, o aumento do espaçamento também pode dificultar o estabelecimento do patógeno e, um plantio consorciado com uma espécie arbórea leguminosa que permita a fixação biológica de nitrogênio pode levar a redução da aplicação de adubos na forma química devido a ciclagem de nutrientes no sistema. Diante do exposto, os objetivos deste estudo foram: comparar o monocultivo de um clone oriundo da hibridação entre Eucalyptus grandis x E. urophylla e o cultivo do mesmo consorciado com a leguminosa Acacia mangium, com e sem adubação, em dois espaçamentos, quanto a intensidade da ferrugem e, crescimento das plantas (altura, diâmetro a altura do peito, volume e biomassa). Dentre os fatores testados, o uso da adubação no plantio foi o de maior relevância, afetando a intensidade da doença, bem como as variáveis de crescimento avaliadas. Até os dois anos de idade as plantas de acácia ocupam o estrato inferior quando consorciadas com o eucalipto, com isso não estabeleceram uma barreira física eficiente para o patógeno. O mesmo efeito não foi observado com o aumento do espaçamento. Apesar da maior intensidade da doença nos arranjos adubados, as plantas tiveram maior incremento em altura, volume e biomassa. Quanto ao consórcio, a acácia não foi eficaz como barreira física ao agente causal da ferrugem.