Incidência de atraso de luteólise em vacas holandesas lactantes de alta produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Santos, Ana Paula Oliveira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/191642
Resumo: O objetivo deste estudo foi comparar a duração da fase lútea em vacas Holandesas em lactação, que receberam inseminação artificial (IA) ou não (Controle). Vacas não gestantes (n= 1322) foram submetidas após o período de espera voluntário ao protocolo de sincronização de ovulação: um dispositivo intravaginal de progesterona (CIDR), 100 µg de GnRH e 2,0 mg de benzoato de estradiol em d-11, 25 mg de PGF em d -4, remoção do CIDR, 1,0 mg de cipionato de estradiol e PGF em d -2. As vacas foram aleatoriamente distribuídas no d 0 do protocolo para os tratamentos IA ou Controle. Somente vacas observadas em estro (n= 1124), detectadas por monitores de atividade foram incluídas no estudo. Para a análise de duração da fase lútea, apenas as vacas detectadas com corpo lúteo (CL) no d 17 e, posteriormente, não diagnosticadas gestantes foram incluídas na análise. Um mapa de cada vaca foi realizado para avaliar a presença de CL no d 17, 24 e 31. Foram coletadas amostras de sangue para os animais identificados com presença de CL nos dias 17, 24 e 31. Foi considerado como regressão do CL os animais que retornaram ao estro, os com ausência de CL ao exame de US, e os que apresentarem concentrações de P4 <1 ng/ml. Vacas que foram reinseminadas entre os dias 17 e 24 foram consideradas como tendo regressão luteal normal. Vacas que foram reinseminadas entre os dias 24 e 31 foram consideradas como regressão luteal tardia.Vacas com o mesmo CL nos respectivos dias (d 17, 24, 31) que não foram reinseminadas durante o período e não foram diagnosticadas como gestantes no dia 31 foram classificadas como tendo fase luteal longa. As concentrações séricas de PAG foram analisadas e utilizadas como marcadores de gestação e perda embrionária. O escore de condição corporal (ECC) e o escore de tamanho e posição do útero (SPS) foram determinados no d 0 e incluídos nas análises dos fatores de riscos associados à prenhez e à dinâmica do CL. Os dados binomiais foram analisados usando Proc Glimmix (SAS Institute Inc., Cary, NC, EUA) com vaca como unidade de medida aleatória. Os modelos estatísticos incluíram tratamento, paridade, ECC, SPS e interações. As vacas em ambos os tratamentos foram distribuídas de maneira similar pela paridade (P=0,78). A prenhez por IA aos 31 e 60 dias no grupo IA foi de 21,0% e 17,2%, respectivamente. A porcentagem de detecção de estro foi de 48%. O tratamento não afetou a proporção de vacas com regressão de CL e nenhuma das variáveis explicativas foi significativa como fatores de risco para explicar a presença de fases luteínicas longas. Em conclusão, este estudo demonstrou que grande proporção (~ 60%) de vacas Holandesas em lactação não regrediram adequadamente o CL, independente de ter recebido IA ou não e a estimativa de perda de gestação entre 24 e 31 dias foi de 18%.