Aplicação do plasma de baixa temperatura sob pressão atmosférica no controle de biofilmes e reparo inicial de feridas infectadas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Campos, Maria Alcionéia Carvalho de Oliveira e
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Estadual Paulista (Unesp)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://hdl.handle.net/11449/193221
Resumo: O manejo clínico e tratamento das feridas crônicas têm sido considerados grandes desafios nas áreas médicas. Infecções por biofilmes em feridas crônicas afetam milhões de pessoas no mundo a cada ano e muitas mortes ocorrem como consequência. O plasma de baixa temperatura sob pressão atmosférica (LTAPP) é uma mistura gasosa contendo partículas carregadas, radicais livres e radiação. As ações biológicas das espécies reativas geradas concomitantemente, em particular antimicrobiana, anti-inflamatória e indutora de reparação tecidual, mostram-se altamente promissoras dentro do contexto do controle das feridas crônicas. O objetivo deste estudo foi avaliar os efeitos LTAPP frente a biofilmes monoespécie e multiespécies de micro-organismos frequentemente isolados de feridas crônicas. Além disso, objetivou-se avaliar estudar os efeitos citotóxicos e genotóxicos do LTAPP nos parâmetros físicos eficazes para o controle dos biofilmes A seguir, o protocolo eficaz e seguro foi avaliado in vivo utilizando modelo murino e modelo de úlcera dermal em coelhos. O LTAPP foi capaz de reduzir as UFC/mL de biofilmes monoespécie e mutiespécie a partir de 5 minutos de exposição. O LTAPP, nos parâmetros efetivos antibiofilme, apresentou-se seguro para uso em ensaios in vivo, pois não foi cito ou genotóxico. O tratamento com LTAPP levou à maior redução da área da ferida quando comparado ao grupo controle, em ambos os modelos de ferida com infecção polimicrobiana. Redução da resposta inflamatória foi observada no modelo de úlcera dermal no tempo de 8 dias. Não houve evidências de que o LTAPP aumente significativamente a proliferação celular. Com base nos resultados obtidos, conclui-se que o LTAPP acelera o processo de reparação de feridas, porém o mecanismo de ação ainda precisa ser elucidado.