Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Corrêa, Carla Verônica |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://hdl.handle.net/11449/181383
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Resumo: |
Há grande preocupação com a utilização e conservação dos recursos hídricos. Neste aspecto a agricultura apresenta destaque, devido ao expressivo consumo de água. Além disso, são preocupantes as alterações climáticas caracterizadas por veranicos que comprometem a produção agrícola. Desta forma, busca-se a utilização mais eficiente da água, seja por meio de plantas resistentes à seca, ou de seu cultivo em condições que aumentem a eficiência do uso de água pelas plantas. Assim, pesquisas estão sendo conduzidas com silício por se tratar de um elemento capaz de aumentar a resistência das plantas ao défice hídrico. No entanto, embora seja conhecido seu efeito benéfico ao reduzir os danos causados por défice hídrico em vegetais, não se conhecem os mecanismos fisiológicos, enzimáticos, gênicos, hormonais e estruturais relacionados com este elemento. Desta forma, o objetivo desta pesquisa foi verificar possíveis relações do silício com enzimas, genes e hormônios envolvidos na redução de danos causados por défice hídrico, além da sua deposição nos tecidos vegetais, interferindo na fisiologia do tomate cultivar Micro-Tom. Para isso, foram utilizadas seis concentrações de silício (0.00; 0.50; 1.00; 1.50; 2.00 e 2.50 g L-1 de Si) e três regimes hídricos (sem défice hídrico, com défice hídrico e com défice hídrico e reidratação). A aplicação de silício aumentou a taxa de transpiração, condutância estomática, taxa de assimilação de CO2, atividade calculada da Rubisco e eficiência do uso da água em plantas com défice e reidratadas na concentração de 1,00 g L-1 de Si. Também atuou na manutenção da fluorescência da clorofila a reduzindo a fluorescência mínima adaptada ao escuro (Fo) e aumentando a máxima adaptada ao escuro (FM) e o rendimento quântico máximo (Fv/FM) em plantas estressadas. O elemento em baixas concentrações reduziu a degradação da clorofila a em plantas estressadas, e aumentou a atividade das enzimas superóxido dismutase (SOD), peroxidase (POD) e catalase (CAT), reduzindo a peroxidação lipídica. De modo geral, o défice hídrico prejudicou as trocas gasosas e a aplicação de silício contribuiu para a manutenção e melhora das trocas gasosas. O Si atuou na fluorescência da clorofila a, favorecendo a manutenção do aparato fotossintético e dos pigmentos, contribuindo para a reduçãoda peroxidação lipídica das membranas em condições de défice hídrico. Além disso, atuou na expressão gênica das enzimas antioxidantes tanto nas folhas como nas raízes, explicando a maior atividade dessas enzimas e, consequentemente, menor peroxidação lipídica tanto em folhas como em raízes de plantas de tomate. O silício também atuou no aumento das concentrações de osmorreguladores como prolina, açúcares solúveis totais e sacarose e aumentou a quebra de amido em açúcares solúveis, favorecendo o ajustamento osmótico e recuperação das plantas com défice e reidratadas. Também verificou-se efeito do silício no ácido abscísico(ABA), o que influenciou o fechamento estomático e consequentemente a eficiência do uso da água. A análise da ultraestrutura celular mostrou o efeito do silício na quebra de amido em açúcares solúveis, além da manutenção dos grana, o que contribuiu para a recuperação das plantas de tomates submetidas ao défice hídrico e reidratação. |