Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Tozzato, Gabriela Palma Zochio |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/153793
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Resumo: |
A expectativa de vida diminui com artrite reumatoide (AR) devido ao aumento da mortalidade por doenças cardiovasculares. Isto se deve, possivelmente, à disfunção endotelial resultante da intensa atividade inflamatória relacionada à AR. Evidências tem apontado para um possível envolvimento do sistema renina-angiotensina (SRA) nos danos cardiovasculares inerentes à AR. Acredita-se que a participação do SRA agrave o comprometimento endotelial decorrente de inflamações sistêmicas através da ativação do receptor de angiotensina II tipo 1 (AT1) pela angiotensina II (Ang II). Por outro lado, a literatura também reporta a influência dos hormônios andrógenos, principalmente da testosterona, nas ações da Ang II sobre os tecidos vasculares. Assim, o objetivo do presente estudo é investigar os efeitos da artrite induzida por adjuvante (AIA) sobre o equilíbrio redox, a função endotelial e as respostas da aorta de ratos à Ang II, bem como, verificar se esses efeitos podem ser influenciados pela redução dos níveis circulantes de testosterona. Para isto, ratos Wistar machos adultos foram submetidos à falsa-castração e falsa-imunização (Controles), castração seguida de falsa-imunização (ORX), falsa-castração seguida de imunização (ORX) e castração seguida de imunização (ORX+AIA). Ao final do experimento, segmentos de aorta torácica foram desafiadas em cubas de órgãos isolados com acetilcolina (ACh), Ang II, KCl e nitroprussiato de sódio e, das curvas concentração resposta obtidas, calculou-se o pEC50 e efeito máximo (Emax). Determinou-se também a expressão proteica dos receptores de Ang II AT1 e AT2 em aortas, assim como a capacidade antioxidante do plasma (FRAP), o consumo de peróxido por Xylenol Orange (FOX), o nitrito/nitrato por Griess e ácido úrico no plasma. Os resultados mostraram que tanto a AIA quanto a ORX não alteraram o perfil das curvas concentração-respostas para ACh na ausência ou presença do L-NAME (10-4M), Apocinina (10-4M) ou Tiron (10-4M). AIA ou ORX também não alteraram as respostas à Ang II na ausência ou presença de Indometacina (10-5M), KCl 60 mm/L, 1400W (10-6M) Tiron (10-4M) ou PD123,319 (10-6M). Contudo, na presença do L-NAME (10-4M), observou-se um aumento do Emax da Ang II nos animais Controle e ORX em comparação aos animais submetidos à AIA. Este aumento de Emax, por sua vez, desapareceu quando esse desafio foi feito em cubas contendo solução nutritiva despolarizante (KCl 60 mm/L) ou quando o BQ123 (10-6M) ou BQ788 (10-6M) foram acrescidos na incubação, junto com o L-NAME (10-4M). Observou-se também um aumento do Emax da Ang II nos animais ORX, em comparação aos animais AIA e ORX+AIA, quando o desafio foi realizado na presença da Apocinina (10-4M). Além disso, AIA e/ou ORX diminuíram a expressão proteica dos receptores AT1, sem modificar os receptores AT2. Valores de FRAP, nitrito/nitrato e ácido úrico não apresentaram maiores alterações entre os grupos estudados, mas os valores de FOX diminuíram no grupo AIA. Esses dados sugerem que a AIA ou a ORX não modificam substancialmente o balanço redox sistêmico, a função endotelial, bem como as respostas da aorta à Ang II, se todos os mecanismos moduladores endoteliais estiverem presentes. Todavia, a AIA parece mobilizar mecanismos endoteliais para atuar no lugar do NO, sempre que a síntese deste é inibida. Possivelmente, tais mecanismos são ativados via receptores ETA e ETB e envolvem tanto prostanoides vasodilatadores quanto mecanismos indutores de hiperpolarização das células da musculatura lisa vascular presentes na aorta. A testosterona, por sua vez, não parece ter um papel determinante para a mobilização desses mecanismos locais que cooperam com o NO. |